Rafael Galvão da Costa, capitão da polícia militar, foi morto na última quarta-feira (03/07), durante uma operação policial no Morro do Urub...
Rafael Galvão da Costa, capitão da polícia militar, foi morto na última quarta-feira (03/07), durante uma operação policial no Morro do Urubu, em Pilares. Com o desdobramento do ocorrido, foi descoberto que o PM em questão havia participado de uma outra ação policial, em 2022, que terminou com a morte acidental do vigia Fábio Tavares da Silva, de 42 anos, em Belford Roxo.
Naquela ocasião, Fábio acabou morto por engano durante um confronto armado entre a polícia e criminosos locais. A vítima estava em posse de uma vassoura, que foi confundida com um fuzil, no momento do tiroteio.
Assim que o caso foi divulgado, houve retaliações por moradores locais. Além do fechamento da Avenida Automóvel clube, foram travados alguns enfrentamento com policiais. No sepultamento de Fábio, o próprio Rafael, responsável pelo tiro que atingiu o vigia, marcou presença e se desculpou com os familiares.
“Ele falou com a gente quando estávamos na manifestação. Chegou disse que deu um tiro no meu irmão, que sabia que ele era trabalhador e nos pediu desculpas. Nessa hora, a gente chorou”, relembrou Roseli, irmã de Fábio.
Uma outra irmã do vigia, que também estava presente na ocasião, foi informada sobre a morte de Rafael nesta semana e lamentou, oferecendo apoio à família do ex-capitão da PM. Ela também fez questão de esclarecer que a família não desejava a morte do agente e queria que os envolvidos fossem a julgamento.
“Sinto muito pelos familiares do policial, pois ficarão com a mesma dor que a nossa. Lamento mesmo, pois sentimos a mesma dor. Não queria que fosse dessa forma, pois gostaria que ele tivesse ido ao tribunal. Infelizmente ele e outros executaram um grande chefe de família, pessoa íntegra, honesta e trabalhadora. A morte do meu irmão acabou com a vida da família. Meu pai teve três AVCs, minha mãe com problema cardíaco e deixou duas filhas órfãs”, afirmou.