Além do Autismo é o nome do livro do jovem Caio Alexandre, de apenas 16 anos, que buscou inspiração em seu irmão para escrever sobre a sua v...
Além do Autismo é o nome do livro do jovem Caio Alexandre, de apenas 16 anos, que buscou inspiração em seu irmão para escrever sobre a sua vida e as suas experiências de conviver com uma criança que possui o transtorno do espectro autista.
Davi, de 10 anos, foi diagnosticado com o distúrbio aos 3. Ele, junto com a família, que mora no bairro Wona, em Belford Roxo, busca e aprende a superar as dificuldades do dia a dia.
Caio conta que a ideia de escrever um livro que compartilhasse sua rotina surgiu após ele ter que fazer um trabalho para a escola. “Na época, meu irmão tinha 5 anos e ele já tinha o diagnóstico. Aí eu falei um pouco da nossa vida, da minha mãe, do meu pai. No livro eu englobo várias coisas, falo sobre a terapia, sobre como era a rotina dele, o que era importante para ele e alguns comportamentos que ele tinha”.
Em sua fala, o jovem revela que um dos tópicos que ele aborda em sua escrita é sobre o medo de fogos de artifício que o caçula tem. De acordo com o mais velho, apesar do tratamento, Davi fica muito assustado e isso o impede de ir aos jogos nos estádios e de torcer pelo seu time do coração: o Botafogo.
“Tudo o que está ali no livro eu não pesquisei, foi tudo o que eu vi nele e repassei na caneta”, garante Caio, que ainda completa: “Tem vezes que ele fica estressado, normal, toda pessoa fica. Só que tem vezes que ele entra em crise, que é uma coisa totalmente diferente. No começo é um pouco mais difícil de você diferenciar os dois, mas quando ele entra em crise não tem sermão, isso não vai ajudar. É mais um carinho para ele se acalmar”.
Mas nem tudo foi fácil com eles. Ainda quando pequeno, o caçula começou a apresentar comportamentos diferentes, o que fez com que seus pais procurassem ajuda médica. Apesar de ouvirem diversas vezes que era algo normal e passageiro, os dois não desistiram e na última consulta com uma pediatra, receberam o diagnóstico preciso. A doença era algo novo para os pais.
“Eu sinceramente não (conhecia), eu falei para ela que não sabia, que não tinha ouvido e se ouvi não me interessei muito. E ela falou que o Davi tinha todas as características”.
Por Grupo Notícias
Foto: Reprodução