Amor, respeito e empatia. A Prefeitura de Belford Roxo, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial, promove até...
Amor, respeito e empatia. A Prefeitura de Belford Roxo, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial, promove até sexta-feira (24-11) o Festival Negros Utopia, em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra (20-11). A programação começou com uma roda de conversa com educadores da rede municipal de ensino, na escola municipal Belford Roxo, no bairro das Graças. Já nesta quarta-feira (22-11) ocorreu roda de conversa sobre o racismo religioso e intolerância religiosa.
Para celebrar e iniciar o cronograma de atividades da Consciência Negra, a roda de conversa de terça-feira contou com a presença de vários palestrantes. O professor da rede municipal do Rio de Janeiro, Aroldo Silva; o mestre em Políticas Públicas e psicólogo Thiago Rodrigues; o professor de educação física Vagner Soares Pedra; o professor de filosofia Salomão Moura e a mestre em Educação Thatiana Barbosa. O evento teve a participação, nesta quarta-feira, do adido cultural Internacional da África/Brasil, Kabiyesi Sangokunle Adekunle Alayande.
Secretário Rafael de Milan, adido cultural Internacional da África/Brasil, Kabiyesi Sangokunle Adekunle Alayande e subsecretária Aleixo no festival Negros Utopia - foto: divulgação/PMBR |
O secretário municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Rafael de Milan, enfatizou a importância das ações. “Esse evento faz parte de uma série de atividades para elucidar a luta contra todos os tipos de racismo e intolerância religiosa. Além de fortalecer e aprofundar sobre as nossas raízes e valores”, disse Rafael. “As religiões de matrizes africanas no Brasil, são as que mais sofrem e ninguém pode nos julgar pela nossa fé, ou pela nossa veste, ou por quem a gente segue. Nós queremos respeito às nossas religiões”, ressaltou Rafael.
A subsecretária municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Renata Aleixo, também falou da importância desse festival. “É preciso dialogar com os educadores para que eles desenvolvam sobre esses temas nas escolas, visto que temos uma população majoritariamente preta em Belford Roxo”, afirmou. “Então, ter uma atividade como essa em Belford Roxo para a gente poder estar debatendo, discutindo proposta e projetos para o nosso povo de matrizes africanas é importantíssimo”, completou Renata.
Nelson Mandela
O presidente do Conselho Municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Salomão Moura, parafraseou o eterno líder Nelson Mandela durante a fala. “Desde janeiro deste ano estamos remontando e fomentando atividades importantes para debater os temas. Ninguém nasce racista, as pessoas aprendem a ser racistas. Logo elas podem aprender a amar umas às outras”, frisou Salomão. “A escola precisa mudar a realidade, construindo um ambiente antirracista e de proteção para os estudantes negros”, completou a mestre em Educação e especialista em relações étnico-raciais e Educação de Jovens e Adultos (EJA), Thatiana Barbosa.
Mestre em Educação, Thatiana Barbosa destacou que a escola precisa mudar a realidade, construindo um ambiente - foto: divulgação/PMBR |
A professora da sala de leitura da creche municipal São Pedro, Patrícia Ramos, participou e interagiu durante a roda de conversa. “Trocar experiências e compartilhar ensinamentos é fundamental para seguirmos no melhor caminho. Trabalhamos sempre com os alunos sobre inclusão, respeito, representatividade e o reconhecimento”, concluiu Patrícia.
O adido cultural Internacional da África/Brasil, Kabiyesi Sangokunle Adekunle Alayande, valorizou a importância do Brasil dizendo que hoje os Estados Unidos da África, é o Brasil. “Lá nós temos de tudo, sejam cristãos, sejam mulçumanos, candomblecistas. O que vocês chamam aqui de candomblé, para nós não é simplesmente uma religião, é um seguro de vida cultural”, afirmou. “O terreiro de candomblé traz uma união familiar levando amor e educação cultural para as pessoas. Então vamos tentar se ajudar, porque assim nós vamos melhorar”, finalizou Kabiyesi.
Programação Completa do Festival Negros Utopia
· 23/11 (quinta-feira) – Oficina de Tranças e Percussão, exposição do Museu Africano e Roda de Capoeira – Polo Cederj, Rua Mauá , São Bernardo, ás 9h
· 24/11 (sexta-feira) – Canta Belford Roxo – Valnei Ainê (Abertura do Show do Suel) – Avenida dos Confrades, Prata, 19h