O laudo de exame de necropsia feito no corpo da bebê de 1 ano e 10 meses, Raquelly Medeiros dos Santos Machado, descartou que ela tenha sofr...
O laudo de exame de necropsia feito no corpo da bebê de 1 ano e 10 meses, Raquelly Medeiros dos Santos Machado, descartou que ela tenha sofrido algum tipo de abuso sexual. A menina que morreu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na última segunda-feira (29), e faleceu por asfixia mecânica por bronquiaspiração de líquido. A bebê teria aspirado o próprio vômito.
A suspeita de que a menina teria sido vítima de abuso surgiu depois que a mãe da criança, Jéssica da Conceição Medeiros, de 19 anos, a levou para ser socorrida no Hospital Municipal do Pilar, em Duque de Caxias.
O documento é assinado pelo perito legista Gustavo da Silveira Maciel e está no sistema da Polícia Civil desde as 18h50 desta terça-feira (30). O exame no corpo da menina foi feito no Posto Regional de Polícia Técnica e Científica (PRPTC) de Duque de Caxias.
Silveira informou que o corpo da criança não apresentava "sinais de violência ou maus-tratos". Ainda de acordo com o profissional "o hímen está íntegro, sem sinais de manipulação na região genital". Assim como "o ânus está com o esfincter relaxado, fato normal e esperado após a morte".
A pequena Railane deu entrada no Hospital Municipal, no bairro Pilar, já em parada cardíaca e, apesar dos procedimentos de reanimação que os médicos realizaram, a criança não resistiu e morreu na unidade. A vítima foi levada pela mãe, Jéssica Medeiros, e a tia, que é menor de idade.
Suspeita de abuso sexual
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a equipe médica acionou a Polícia Militar e registrou o caso depois que enfermeiros, durante a tentativa de socorro, encontraram uma camisinha no lençol que envolvia a criança. Além disso, os médicos afirmaram que ela apresentava hematomas e marcas roxas com sangue pelo corpo, o que não batia com o relato da mãe, de que teria engasgado.
Apesar de ainda não saber o que causou a morte da criança, uma das linhas de investigação da Polícia é que ela tenha sido vítima de abusos sexuais. Por causa das suspeitas de violência sexual, a equipe acionou a PM, que conduziu a mãe da bebê, no início da noite, do hospital para a delegacia, onde foi ouvida sobre o caso.
Mãe afirma que filha não foi abusada
Jéssica contou ao Portal g1, que a camisinha encontrada era dela e não foi usada. A mãe explicou que na pressa para socorrer a filha, ela não viu que a camisinha estava enrolada no mesmo lençol.
Em relação as marcas, ela disse que foram feitas quando seu padrasto fez uma massagem cardíaca para tentar reanimar a criança.
"Eu deixei ela com a minha mãe e quando eu voltei, eu passei pelo posto de saúde e peguei a camisinha. Levei para casa, deixei lá. Fui na rua e, quando voltei, minha camisinha estava mexida. Minha mãe falou que foram as crianças que tinham pegado pra brincar".
"Eu não sabia que a camisinha estava no cobertor. Eu peguei o cobertor na pressa. Eu peguei o cobertor, olhei ela (a filha), entrei no carro e fui pro hospital", completou Jéssica, em entrevista ai g1.