Um encontro emocionante cheio de fé e esperança. O menino de Belford Roxo, Ney Kayque Lourenço de Araújo, 11 anos, que foi baleado na cabeça...
Um encontro emocionante cheio de fé e esperança. O menino de Belford Roxo, Ney Kayque Lourenço de Araújo, 11 anos, que foi baleado na cabeça durante um ataque a tiros contra o carro da família, ficou de pé pela primeira vez e chorou muito ao reencontrar o irmão mais novo, Arthur, de 5 anos.
O menino começou o tratamento no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Saracuruna. Na unidade, ele ficou cinco dias internado em estado gravíssimo e passou por uma cirurgia de emergência. Ele saiu da UTI no dia há 7 dias, e está internado no CTI do Hospital Caxias D'Or de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e faz sessões de fisioterapia nas mãos e na língua para recuperar a fala, além de fonoaudiologia para tratar das sequelas.
Segundo o pai dos meninos, Henrique Nóbrega, de 32 anos, o mais novo vai precisar passar por tratamento psicológico. "Eles são muito apegados, tanto que ele fica chamando em áudio o Ney, falando que quer o irmão para brincar com ele. O Arthur não quer comer e fica bem agitado também", disse Henrique, muito preocupado.
Considerado um milagre
O menino Ney é considerado um milagre pelos médicos e pela família, que viveu uma grande angústia nos últimos dias. "Ele está com estresse pós-traumático, infelizmente não está falando ainda, mas está se esforçando muito. O que aconteceu com ele é um milagre. Acordar, se mexer... Temos também que agradecer a todos que fizeram uma corrente de oração, a família está aliviada sabendo que ele está fora de risco. Não temos mais aquela sensação de perda, de medo", disse o pai da criança.
Ney Kaíque foi baleado na cabeça, na noite de domingo (13 de novembro), quando estava saindo de uma festa, no bairro Vilar dos Teles, em São João de Meriti, indo para casa em Belford Roxo.
O padrasto do menino relatou que trafegava por uma via movimentada quando outro carro, com dois ocupantes, emparelhou com o veículo dele. Ele afirma que o carona disparou contra a família sem nenhuma razão. "Ninguém sabe o motivo dessa violência toda", disse.
A criança foi levada para o Hospital Municipal de São João de Meriti, mas devido a complexidade do caso foi transferida para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Caxias. O caso está sendo investigado pela Delegacia de São João.