O presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou em suas redes sociais um vídeo, nesta quarta-feira (02/11), onde faz um apelo aos manifestantes pa...
O presidente Jair Bolsonaro (PL) divulgou em suas redes sociais um vídeo, nesta quarta-feira (02/11), onde faz um apelo aos manifestantes para que rodovias sejam desobstruídas.
Os protestos começaram no último domingo (30/10), após o resultado do 2º turno das eleições, que terminou com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) eleito. Desde então, apoiadores bolsonaristas fizeram bloqueios ilegais em pontos de rodovias do país.
No vídeo, o presidente pede que os manifestantes parem de fechar as rodovias, já que isso causa um prejuízo à economia do país. "O fechamento de rodovias pelo Brasil prejudica o direito de ir e vir das pessoas, está lá na nossa Constituição. E nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas. Eu tenho que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além do prejuízo a nossa economia", afirmou o presidente.
Além disso, ele destaca que a obstrução das vias não faz parte de uma manifestação legítima. "Eu quero fazer um apelo a você, desobstrua as rodovias. Isso daí não faz parte, no meu entender, dessas manifestações legítimas. Não vamos perder nós, aqui, a nossa legitimidade", disse Bolsonaro.
Investigação
O Ministério Público Federal (MPF) pediu que a Polícia Federal (PF) investigue possíveis crimes cometidos pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.
Segundo ofício da Procuradoria da República no Distrito Federal, o inquérito deve apurar blitz realizadas pela corporação durante o 2º turno das eleições e omissão em relação aos bloqueios em rodovias.
O MPF apontou que, se comprovada omissão do diretor da PRF, o caso pode ser considerado prevaricação. Além disso, Silvinei Vasques – que declarou apoio a Bolsonaro na eleição – pode responder por "crimes praticados por invasores de rodovias".
A prevaricação está configurada quando o funcionário público retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou age contra regra expressa em lei, "para satisfazer interesse ou sentimento pessoal". A pena é de detenção de três meses a um ano, e multa.
Via G1