A secreta especial de Assuntos Pedagógicos, Rosângela Garcia, destacou que a inclusão está mudando o município - Foto: Rafael Barreto/PMBR C...
A secreta especial de Assuntos Pedagógicos, Rosângela Garcia, destacou que a inclusão está mudando o município - Foto: Rafael Barreto/PMBR |
Com o tema “Educar com empatia: criando novas possibilidades através da inclusão”, a Secretaria de Educação de Belford Roxo realizou no Ciep Municipalizado Constantino Reis, em São Bernardo, palestras e atividades para os alunos da rede municipal de ensino, profissionais e responsáveis sobre a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual ou Múltipla (21 a 28 de agosto). Ainda durante o evento, que foi a culminância com exposição dos trabalhos realizados, desde o dia 22, pelos alunos das unidades escolares que tiveram uma programação voltada para o tema, aconteceram apresentações dos alunos das Escolas Municipais Albert Sabin, Bispo Moacyr de Oliveira e Constantino Reis.
Durante o evento, o professor Carlos Carvalho fez uma oficina de música para os alunos - Foto: Rafael Barreto/PMBR |
A Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla foi instituída pela Lei nº 13.585/2017 e visa o desenvolvimento de conteúdos para conscientizar a sociedade sobre as necessidades específicas de organização social e de políticas públicas para promover a inclusão social desse segmento populacional e para combater o preconceito e a discriminação.
Para a secretária especial de Assuntos Pedagógicos, Rosângela Garcia, o evento funcionou como uma troca de experiências através de palestras, atividades e exposição de todo o conhecimento dos alunos. “Foi um dia especial onde mostramos como trabalhar com a inclusão e o que ela está mudando em nossa cidade. Montamos oficinas para continuar esse trabalho no evento e proporcionar ao aluno a experiência de lazer e troca de aprendizado”, explicou Rosângela, ao lado do subsecretário de Educação, Rafael Araújo, e da diretora do Ciep, Márcia Gaigher. Atualmente, a rede conta com 110 unidades escolares, onde todas desenvolvem trabalhos com inclusão.
Promover a inclusão
Foram oferecidas oficinas de libras, dança, música com instrumentos e exposição do trabalho desenvolvido pelas professoras da sala de recursos. A chefe do departamento da Educação Especial e Inclusiva, Camila Sampaio, explicou que tudo isso é para combater o racismo e difundir a inclusão mostrando todo esse trabalho. “A inclusão já é uma realidade na rede. Essas crianças já têm autonomia e tudo isso é promovido nas unidades através de atividades pedagógicas durante todo o ano, não só na semana da conscientização. Toda a criança deficiente tem direito à educação e aqui fazemos esse atendimento”, garantiu Camila.
A inclusão é garantida por lei e visa a conscientização da sociedade sobre necessidades específicas - Foto: Rafael Barreto/PMBR |
De acordo com a palestrante, que é doutoranda em Educação Especial pela UFRRJ, mestre em educação pela UERJ e especialista em psicopedagogia clínica e psicomotricidade, Cláudia Miranda, uma de suas missões e objetivos profissionais é divulgar e difundir a inclusão que precisa ser revista para que atenda cada vez mais um público em constante crescimento na sociedade. “Não só as que possuem deficiência, mas aquelas que por muito tempo ficaram invisíveis e são vítimas de preconceito e discriminação na educação, principalmente. Conversar e dialogar com o público presente é muito importante para saber o que é a inclusão, pois temos contato com a temática há 30 anos e ainda as práticas são confusas e sem um esclarecimento para dar suporte às escolas à executarem suas ações da forma que entendemos que deve ser feita”, destacou a profissional.
Depois das apresentações dos alunos, Ângela Francisca, deficiente visual, mãe de dois alunos da rede que também tem deficiência visual, deu um depoimento inspirador para todos presentes. “Sou muito grata pelos meus dois filhos estarem estudando. Um está no Manoel Gomes e o outro aqui no Ciep e os dois lugares tem turmas inclusivas, coisa que antigamente não havia. Agora tudo ficou mais fácil com a sala de recursos, os materiais adaptados e a tecnologia avançada. Até curso de informática em braile tem. Na minha época não tive essa facilidade que meus filhos têm. São duas professoras na sala de recursos e estimuladora ajudando a todos os alunos que precisam. Quero parabenizar a Secretaria de Educação e todos os professores pelo trabalho e que cada vez mais possa existir o amor e respeito, pois para nós é muito importante ser compreendido”, disse.