Os sindicatos das empresas de ônibus que circulam em dez municípios da Baixada Fluminense e em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tang...
Os sindicatos criticam o aumento do valor do diesel, e dizem que isso obrigará as empresas a fazerem reduções na operação e adaptar a frota em circulação à capacidade financeira, ou seja, racionamento de combustível e priorização de serviços e linhas de ônibus em horários de maior movimento podem ser adotados.
Em nota, os sindicatos das empresas de ônibus afirmam ainda que "na falta de medidas urgentes e efetivas, as operadoras de transporte não terão outra opção a não ser manter parte da frota parada nas garagens". O motivo seria evitar uma "pane seca" na frota em circulação. O comunicado diz também que os impactos causados pelo reajuste do diesel não foram compensados por aumentos de tarifas ou subsídios de prefeituras ou do Governo do Estado.
A Secretaria de Estado de Transportes afirma que acompanha as discussões sobre o tema e os impactos à população, e que mantém diálogo com o Detro-RJ para garantir que não haja diminuição dos serviços de ônibus nos municípios do Estado.
Em nota, o Detro-RJ afirma que vai cumprir o papel de órgão fiscalizador das empresas de ônibus e de autuação, caso alguma infração seja constatada. "A autarquia acompanha os impactos que o aumento de combustível tem provocado no setor. Nesse sentido, ainda em março, o Detro-RJ concedeu um reajuste de cerca de 10% nas tarifas de ônibus. Naquela ocasião, o governo do estado buscou amenizar os impactos à população enquanto se colocou aberto à negociação", afirma o órgão.
Desde o dia 1º de março, os ônibus da Região Metropolitana do Rio aplicam o aumento de 10% na tarifa autorizado pelo Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro). O aumento foi publicado em uma portaria e autoriza o reajuste de 10% nas tarifas para Região Metropolitana, de 6,01% para serviços urbanos não metropolitanos, e de 4,18% para rodoviários não metropolitanos.
A decisão justifica o reajuste a partir dos aumentos também de “insumos que incidem sobre a prestação do serviço”, da alta do combustível, das cerca de 15 mil demissões de rodoviários e do fato de que não há reajuste desde 2019.
No início de abril, rodoviários de transportes intermunicipais da Baixada Fluminense entraram em greve. Segundo o Sindicato dos Rodoviários de Nova Iguaçu, que também inclui os profissionais de Belford Roxo, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita, Queimados e Japeri, a categoria reivindicava reajuste salarial de 11,7% e aumento do valor de cesta básica.
Via Extra
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