Na tarde desta última sexta-feira (29 de novembro), um intenso tiroteio de cerca de 20 minutos ocorreu na comunidade da Palmeira, em Belfor...
Na tarde desta última sexta-feira (29 de novembro), um intenso tiroteio de cerca de 20 minutos ocorreu na comunidade da Palmeira, em Belford Roxo. Eram traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) que tentavam retomar a comunidade do Comando Vermelho.
A Polícia Militar interveio e prendeu sete criminosos. Entre eles, Anderson de Jesus, 25 anos. Ele foi identificado como pai do menino Lucas Matheus, de 8 anos, um dos meninos mortos no Castelar, em dezembro, por traficantes do CV. Mas o nome do pai, não consta na certidão de nascimento. Quando o filho nasceu ele estava preso por associação ao tráfico.
Anderson foi preso pela primeira vez aos 18 anos de idade, em 2013. Na época, sua namorada estava grávida de Lucas Matheus.
A prisão de Anderson ocorreu nessa ação, em uma casa apontada por moradores locais como sendo usada por criminosos. No momento da prisão, Anderson disse: "Perdi, perdi, meu chefe". Em um dos armários da casa, armas foram encontradas.
Anderson esperou preso pelo julgamento e, por isso, seu nome não consta na certidão de nascimento de Lucas Matheus. "Não consegui registrar meu filho, mas ele é meu filho. A C.[mãe de Lucas Matheus] me visitava na prisão", contou.
Do relacionamento da mãe de Lucas uma outra filha foi gerada, mas eles se separaram. Após a separação do casal, de Lucas Matheus continuou a morar com a mãe no Castelar.
De acordo com investigação da Polícia Civil, ao lado de outras duas crianças, no dia 27 de dezembro, Lucas Matheus foi raptado pelos traficantes do CV por ordem do gerente do tráfico, que determinou um ‘corretivo’, ou seja, um castigo físico. Elas haviam pego um passarinho de canto do tio de um criminoso.
Uma das crianças não resistiu e morreu. As outras, testemunhas, foram mortas. Seus corpos teriam sido desmembrados e jogados em um rio.
Via O Dia