Conheça o projeto Baixada Breakers, idealizado por moradores da Baixada Fluminense, que têm como objetivo trazer o breaking, uma dança ainda...
Conheça o projeto Baixada Breakers, idealizado por moradores da Baixada Fluminense, que têm como objetivo trazer o breaking, uma dança ainda muito descriminalizada, para a vida das pessoas. Fazer com que essa arte, que os move, vire realidade na vida de tantos outros.
Para isso eles vão, pelo menos uma vez por semana, à praça de Heliópolis, em Belford Roxo, para treinar e divulgar o breaking, o que sempre atrai olhares curiosos de quem passa por ali e de crianças que ficam encantadas com os saltos e os movimentos.
A iniciativa do Baixada Breakers foi idealizada pelo Pablo, junto com o Jonathan, que sonham em um dia ver essa arte difundida de uma forma mais ampla. Para eles, já é uma vitória que essa dança de rua tenha sido inserida como modalidade olímpica nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024.
“O breaking inserido na Olimpíada nos traz oportunidade, nos traz aquele sonho maior de ‘ta’ podendo viver com a dança. A gente quer 'tá' trazendo aquela criança que ‘tá’ na rua, às vezes não é um bom caminho que ela vai aprender, porque hoje em dia é muito difícil, muitos jovens caindo na droga, muitos jovens depressivos, então a dança, ela tira isso das pessoas, ela traz um bem melhor, que é dançar, que é se sentir bem. Então, com essa intenção, a gente resolveu criar o projeto Baixada Breakers, que é o nome da nossa Crew, e a gente 'tá' incentivando os jovens a aprender”, contou Pablo Pereira.
Além dele, o Jonathan também falou sobre a importância da arte, não só na vida dele, mas como na de tantas pessoas. E como começar a praticar o breaking mudou a sua realidade. “Mudou muita coisa. Antigamente eu era um pouco solitário, um pouco tímido também e em relação a timidez eu mudei bastante. Consegui me enquadrar um pouco na dança, consegui fazer amigos também, pessoas que estão comigo até hoje no dia a dia", disse ele que completou falando sobre os sonhos dos Jogos Olímpicos. “E as Olimpíadas vem aí agora, e a gente tá com o sonho de poder participar, de poder tá lá e passar energia pro pessoal de Belford Roxo também”.
E assim que eles começam a dançar, logo surgem algumas pessoas que param para assistir, que se interessam. E um desses interessados foi o Valter, que gostou, virou aluno e agora é membro desse projeto na praça de Heliópolis. Ele contou que estava em uma fase difícil na vida, quando conheceu o Pablo, dançando em um campo. Daí ele começou a se inserir nesse mundo, e hoje não quer mais sair. “Só tenho que agradecer mesmo, só agradecer”.
Por Notícias de Belford Roxo