Após uma tarde fora do ar, o Facebook e o Instagram começaram a normalizar os serviços no início da noite desta segunda-feira (4), enquanto ...
Após uma tarde fora do ar, o Facebook e o Instagram começaram a normalizar os serviços no início da noite desta segunda-feira (4), enquanto WhatsApp segue com os serviços interrompidos.
O que aconteceu?
Os aplicativos e as versões web do WhatsApp, Instagram, Facebook e Messenger ficaram fora do ar no começo da tarde desta segunda-feira (4), por volta de 12h30. Segundo as empresas, a falha — global — aconteceu por conta de um problema entre a comunicação do servidor de origem e o dispositivo de rede.
O motivo da interrupção não foi imediatamente esclarecido. No entanto, vários especialistas em segurança apontaram rapidamente para um problema de Sistema de Nomes de Domínio, conhecido pela sigla em inglês DNS, como um possível culpado.
Por volta das 13h no horário do leste dos EUA, a ThousandEyes, divisão de análise de Internet da Cisco, disse no Twitter que seus testes indicam que a interrupção se deve a uma falha contínua de DNS. O DNS traduz nomes de sites em endereços IP que podem ser lidos por um computador. Geralmente é chamada de “lista telefônica da Internet”.
Segundo o site DownDetector, que monitora sites e apps que não estão funcionando, 38% dos problemas mais notificados no WhatsApp têm relação com o envio de mensagens, bem como no Messenger, enquanto os feeds do Instagram e do Facebook não carregam.
Problemão
Segundo Arthur Igreja, especialista em inovação, cibersegurança e tecnologia, esta pode ser considerada uma queda histórica, já que em outras falhas das redes, o tempo médio foi de uma a duas horas de duração. Esta durou seis horas.
Para ele, a queda tão demorada deve impactar por um período, até que todo o sistema esteja reestabelecido. “É ‘efeito dominó’, quando uma rede falha automaticamente, a procura pela outra acaba crescendo. E isso gera uma sobrecarga.”
Em entrevista à CNN, Igreja disse que a demora atípica para a resolução do problema mostra a gravidade dele.
“Para dar a dimensão da gravidade do que está acontecendo, porque já passaram muitas horas, e esses problemas geralmente são resolvidos em minutos. Não é a primeira vez que acontece, mas normalmente é resolvido mais rapidamente”, afirmou o especialista.
Reações
Com a queda dos serviços, muitos migraram para aplicativos como Telegram. O serviço chegou a ficar instável por conta do pico de atividade.
A queda das redes sociais de Mark Zuckerberg também provocou reações em outras redes sociais, principalmente no Twitter, onde usuários reagiram com memes e piadas.
Qual o impacto nas ações?
As ações do Facebook, listadas na Nasdaq, em Nova York, caíam mais de 5% na tarde desta segunda-feira (4), em um dia em que as páginas e aplicativos do grupo saíram do ar em todo o mundo e também em meio a quedas generalizadas no setor de tecnologia.
Outros casos
Não foi a primeira vez que nem o Facebook, e nem outros sites sofrem interrupções.
O próprio Facebook, também junto com os aplicativos Whatsapp e Instagram, deixou de funcionar por 12 horas no dia 13 de março de 2019.
O evento encabeça a lista dos maiores apagões da internet desde 2012, divulgada em junho pela plataforma global de monitoramento Downdetector.
À época, o Downdetector recebeu 7,5 milhões de relatórios de problemas. De acordo com a empresa, que coleta reclamações de usuários e relatórios quando programas ou aplicativos falham, foi o maior corte em termos de duração e também em termos de notificações de bugs.
A segunda maior interrupção registrada pelo site aconteceu com o YouTube, em outubro de 2018, quando a rede de vídeos deixou de rodar por cerca de uma hora. O Downdetector recebeu 2,7 milhões de relatórios de problemas na ocasião.
O terceiro e quarto lugares, ambos de 2017, foram para interrupções no Snapchat, em 6 de novembro, e no WhatsApp, em 3 de maio: na falha do Snapchat foram geradas 1,8 milhão de denúncias e, na do WhatsApp, outras 1,7 milhão.
Em novembro daquele mesmo ano, também o WhatsApp voltou a ficar fora do ar e foi o responsável por 1,2 milhão de registros de reclamações no Downdetector.