Depois de altas seguidas no preço do botijão de gás, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira(dia 4), ...
Depois de altas seguidas no preço do botijão de gás, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira(dia 4), um complemento de uma cota de R$ 50 a R$ 80, exclusiva para compra de botijão de gás (GLP), ao valor do auxílio emergencial concedido pelo programa SuperaRJ, que pode chegar a R$ 300. Para entrar em vigor, a medida ainda depende de sanção do governador Cláudio Castro, que terá 15 úteis para dar aval ou vetar o texto.
Segundo o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), autor do programa e do projeto de lei aprovado em discussão única, a medida é necessária pelo custo que o botijão de gás de 13kg tem na renda dos mais pobres. Em junho deste ano, o preço foi reajustado em 39%.
"O aumento dos preços do gás de cozinha é derivado da política de preços praticada pela Petrobras e do aumento do dólar, levando famílias a usarem outras fontes de energia, como a lenha e restos de madeira", avalia Ceciliano.
O presidente da Alerj destacou a medida especialmente para as famílias que vivem em situação de pobreza.
"Precisam escolher entre comprar o botijão de gás ou comida", justificou.
No início do mês passado, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em parceria com os Sindicatos dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e de Duque de Caxias (Sindipetro-Caxias), realizou uma ação para vender gás de cozinha por R$ 50 a moradores do conjunto habitacional Dom Jaime Câmara, entre Bangu e Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. Há lugares no Rio que o valor já supera os R$ 90.
Multidão
Mais de 600 pessoas madrugaram para tentar comprar o item. Mas os 350 botijões oferecidos se esgotaram em pouco tempo.
Na época, a desempregada Rosimar Ramos, de 53 anos, que perdeu emprego na pandemia, comemorou por ter levado um botijão para casa.
— Sem ter como comprar gás, alimento, fica muito mais difícil para quem mora aqui na comunidade — comentou Rosimar.
O SuperaRJ pretende atender cerca de 1,4 milhão de pessoas, ou 355 mil famílias. Apesar de ter sido lançado, até hoje o governo do estado não liberou calendário de pagamento para indicar quem terá direito. Os beneficiados a cada mês recebem mensagens com indicação sobre data do pagamento. O Supera RJ também oferece linhas de crédito.
O governo lembra que é possível conferir se o auxílio foi aprovado pelo telefone 0800-071-7474, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h40, e sábados, das 8h às 14h20.
A iniciativa prevê um pagamento mensal que varia de R$ 200 a R$ 300. O valor mínimo pode ser acrescido em R$ 50 para cada filho, limitado a dois herdeiros. No fim de junho, além das famílias já cadastradas, foram incluídos no programa 33 mil desempregados e 22 mil inscritos no Cadastro Único.
Via Extra