O menino, da Baixada Fluminense, enfrenta uma rara doença que não tem cura e causou comoção no time carioca Fred correu para a bola, bateu ...
O menino, da Baixada Fluminense, enfrenta uma rara doença que não tem cura e causou comoção no time carioca
Fred correu para a bola, bateu o pênalti e procurou a câmera mais próxima:
– Pedro Henrique, para você! Eu vi seu vídeo. Nós estamos orando, eu, minha família e todo mundo do Fluzão. Força, você vai sair dessa!
O gol da vitória por 1 a 0 sobre o Cerro Porteño, do Paraguai, que classificou o Fluminense para as quartas de final da Libertadores, fez toda a torcida tricolor vibrar. Mas a comemoração poucos entenderam. Afinal, quem é Pedro Henrique? E o que houve com ele?
O ge encontrou Fábio de Paula, pai do garoto de 15 anos e que há dois descobriu que tem esclerodermia, uma rara doença que não tem cura e provoca o enrijecimento de tecidos, da pele a órgãos internos. No caso de Pedro Henrique, causou uma fibrose no pulmão que o faz depender de oxigênio extra para respirar. Ele está há quase dois meses internado no Hospital Pedro Ernesto, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
De família toda tricolor, a paixão do menino pelo Fluminense chamou a atenção de uma das médicas do hospital, e ela pediu a Fábio para gravar um vídeo para tentar fazer chegar ao clube. E chegou! Os jogadores viram e conheceram o Pedro Henrique na preleção antes da partida contra o Cerro Porteño.
– Ele nasceu em 2006 e pegou a geração vencedora de 2009 para cá. A minha paixão pelo clube passou para ele, já fizemos várias vezes loucuras no Maracanã. Ele já jogou também no projeto do Guerreirinhos em Del Castilho. A médica conversando com ele se emocionou, viu as fotos dele pequenininho, e eu gravei esse vídeo. Parece que chegou para o presidente Mário e foi passado para os jogadores na preleção – explicou Fábio, conferente de 41 anos.
Nesta quarta-feira, outro vídeo foi gravado, mas desta vez com a reação de Pedro Henrique assistindo às mensagens enviadas pelos jogadores, como por exemplo Ganso, Nenê, Abel Hernández, Yago, Luccas Claro e Fred, que o convidou para conhecer o CT Carlos Castilho.
– Ele explodiu de alegria. Ficou muito emocionado, chorando e se tremendo todo – contou o pai.
Pedro Henrique mora com o pai, a mãe, Leidiane, e o irmão, João Miguel, de dois anos, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. De família humilde, Flávio vem contanto com ajuda financeira de amigos e conhecidos para lidar com uma despesa de aproximadamente R$ 1 mil por semana entre transporte e alimentação. Sem condições de arcar com os custos para compra de oxigênio, para voltar para casa a família entrou na Justiça há um mês pedindo ajuda para conseguir cilindros. E ainda aguarda uma decisão.
Enquanto isso, o garoto segue acompanhando todos os jogos do Fluminense até mesmo do hospital, seja pela televisão ou pelo celular, e ele não perde um.
Via GE