A prisão de um homem por cárcere privado de 17 crianças e adolescentes que sonhavam ser jogadores de futebol pela segunda vez surpreendeu a ...
A prisão de um homem por cárcere privado de 17 crianças e adolescentes que sonhavam ser jogadores de futebol pela segunda vez surpreendeu a delegada titular da 61ª DP (Xerém), onde o caso foi registrado.
“Fomos ao sítio e, diferente do primeiro caso em que ele deixava as crianças e adolescentes desinformados, agora ele começa a instruí-los. E aí estes jovens acreditam que estar sem os documentos em momentos do dia seja normal, o que não é certo. Eles precisam ter a liberdade de ir e vir 100%”, afirmou a delegada Juliana Emerique.
Jorge Valnei dos Santos prometia treinar e encaminhar os menores para os grandes clubes de futebol do Rio de Janeiro. A ação contou com o apoio do Conselho Tutelar.
Ele cobrava uma taxa de R$ 400 a R$ 500 das famílias dos jovens para custear treinamento e estadia, mas mantinha os meninos em cárcere privado no sítio em Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Os documentos eram retidos e os menores trancados em alojamentos sem qualquer proteção contra incêndio.
O contato com os familiares dos 17 jovens também era controlado. Seis deles vinham dos estados do Pará e Amazonas.
“É importante frisar que, nesta segunda investigação, este preso acabou de sair de custódia. Ele foi preso no ano de 2020 pelo mesmo crime. Então choca, pois ele utilizou o mesmo sítio e o mesmo modus operandi, ou seja, reter os documentos dos jovens, sempre manter a promessa de que eles iriam para o futebol profissional. Ainda mais neste momento que estamos de Olimpíada, de Jogos Olímpicos, em que os jovens acreditam no sonho de serem jogadores profissionais”, disse a delegada.
Preso pelo mesmo crime
De acordo com os policiais, o homem já havia sido preso, em dezembro de 2020, pelo mesmo crime. Na época, os policiais encontraram no sítio 13 jovens.
Na ocasião, a Polícia Civil do Rio libertou os jovens que eram mantidos no mesmo local. Os adolescentes eram de Alagoas, Paraná, Amazonas e Paraíba e também haviam sido atraídos com a promessa de se profissionalizarem como jogadores de futebol.
Via G1