A tarifa do metrô vai ficar mais cara a partir da próxima terça-feira, quando passa dos atuais R$ 5 para R$ 5,80. O novo valor foi definido ...
A tarifa do metrô vai ficar mais cara a partir da próxima terça-feira, quando passa dos atuais R$ 5 para R$ 5,80. O novo valor foi definido após negociações entre o governo do estado e a concessionária e representa uma redução de cinquenta centavos em relação ao valor que tinha sido homologado pela Agetransp em 23 de fevereiro.
A agência havia estipulado que a passagem passaria a custar R$ 6,30, a partir de 2 de abril, que representaria um reajuste de 25,71%. Na véspera, a entrada em vigor da nova tarifa foi adiada por um mês, enquanto o governo e a concessionária davam início às negociações para decidir por um valor mais baixo, considerando a situação econômica e os impactos da pandemia para a população. No último sábado houve novo adiamento, até esta sexta-feira, quando o acordo foi anunciado.
Na ocasião, o governo do estado destacou que, em virtude do Regime de Recuperação Fiscal, estava impossibilitado de oferecer subsídios às concessionárias para arcar com parte do valor gasto pelos passageiros nos sistemas de transporte.
A tarifa metroviária é reajustada anualmente pela variação do IGP-M, conforme previsto no contrato de concessão. A concessionária alega que opera, neste momento, com uma queda de demanda de público de 60% e acumula perdas superiores a R$ 600 milhões causadas pela pandemia.
Acordo também garantiu aumento menor nos trens
Um acordo entre o governo do Estado e a SuperVia, em 19 de fevereiro, assegurou um reajuste menor do que o previsto na nova tarifa de trens da SuperVia. Na ocasião, a inclusão do termo aditivo ao contrato de concessão do sistema ferroviário definiu em R$ 5 o novo valor que vigora desde 23 de fevereiro. Antes do acordo, a passagem passaria de R$ 4,70 para R$ 5,90.
O impacto do reajuste seria de 25,5% e causou protestos. A Agetransp, agência reguladora dos transportes no estado, admitiu na ocasião que o índice de reajuste era elevado e recomendou que o governo do Estado avaliasse negociar soluções que pesassem menos no bolso dos trabalhadores.
Antes de definir o novo valor, a entrada em vigor do reajuste também chegou a ser suspenso, por 20 dias.
Via Extra