O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que prepara um plano de trabalhos para a realização do Censo Demográfico e...
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que prepara um plano de trabalhos para a realização do Censo Demográfico em 2022. A pesquisa, que deveria ter sido feita neste ano, foi adiada por falta de verbas para o instituto e com nova data determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o IBGE, o planejamento vai detalhar os investimentos necessários neste ano e em 2022 para a efetivação da pesquisa. O documento deverá ser enviado ao Ministério da Economia, que deverá contabilizar os gastos na Lei Orçamentária Anual do ano que vem.
"A prioridade, agora, é fechar a proposta, já que há necessidade urgente de recomposição do orçamento para conclusão de etapas preparatórias essenciais ao longo de 2021", disse o instituto, em nota.
Após as negociações com o governo federal, o IBGE se reunirá com pesquisadores para elaborar as diretrizes e protocolos da pesquisa.
Impasses sobre o Censo
A Constituição Federal determina a realização do Censo Demográfico a cada 10 anos. O último aconteceu em 2010 e deveria ter sido realizado em 2020. No entanto, o agravamento da pandemia de Covid-19 impediu os planos do instituto que solicitou o adiamento para 2021.
Durante as discussões do Orçamento 2021, o Ministério da Economia cortou verbas destinadas para o IBGE, para destinar parte dos valores para gastos discricionários. A confirmação da redução dos valores para o instituto aconteceu após a aprovação da matéria no Congresso Nacional e a sanção do presidente da República, Jair Bolsonaro.
As repercussões negativas com a redução de verba provocaram a demissão da então presidente do instituto, Susane Guerra. Antes da assinatura de Bolsonaro, Susane tentou negociar a destinação de parte dos valores ao IBGE, o que não aconteceu. Após a demissão da ex-presidente, a pasta chefiada por Paulo Guedes indicou Eduardo Rios Neto, que assumiu o cargo no dia 30 de abril.
Via Brasil Econômico