A Polícia Civil do RJ já tem provas suficientes para concluir o inquérito da morte do menino Henry Borel, independentemente de um novo depoi...
A Polícia Civil do RJ já tem provas suficientes para concluir o inquérito da morte do menino Henry Borel, independentemente de um novo depoimento da mãe do garoto, a professora Monique Medeiros.
Em entrevista nesta segunda-feira (19) à rádio CBN, o delegado-chefe do Departamento de Polícia da Capital, Antenor Lopes, afirmou que o inquérito deve ser fechado esta semana.
Antenor pontuou que ainda não surgiram indícios de que Monique era agredida ou ameaçada pelo namorado, o vereador carioca Dr. Jairinho (sem partido). Ambos estão presos pela morte de Henry desde o dia 8 deste mês.
“A versão dela [Monique] era para proteger o companheiro, Jairinho, inclusive pedindo para a babá apagar as mensagens que indicavam as agressões ao menino no dia 12 de fevereiro”, disse Antenor.
Antenor disse que a polícia ainda não definiu se ouvirá Monique novamente antes da conclusão do inquérito — como pediram os novos advogados da professora.
“Essa decisão vai ser tomada até terça-feira (20) pelo delegado Henrique Damasceno [titular da 16ª DP], afirmou o chefe de Polícia.
"A defesa fez essa solicitação agora. Houve uma mudança de advogados e uma mudança de estratégia. Eles provavelmente estão vindo com a tese de que Monique vinha sendo intimidada. Até o presente momento, não encontramos nenhum indício que ela estivesse sendo ameaçada pelo companheiro", emendou Antenor.
Antenor também disse que houve clara “manipulação” do depoimento da babá, Thayná Ferreira, ao contrário do que poderia ocorrer com Monique em um novo depoimento.
“Nos mandados de apreensão dos telefones celulares, encontramos mensagens angustiadas da babá que mostravam que o menino foi levado para o quarto no dia 12 de fevereiro. Estava havendo claramente uma manipulação para que a testemunha mentisse”, afirmou o delegado.
“Nesse caso, era indispensável que a testemunha fosse ouvida novamente, porque a própria estava cometendo um crime de falso testemunho. Ela pôde se reparar, e assim foi feito. É bem diferente da situação da Monique”, explicou Antenor.
Interferência seria 'catastrófica'
Antenor acrescentou que seria “catastrófico” se Jairinho tivesse conseguido um atestado de óbito de Henry sem que o corpo fosse periciado no IML.
Segundo Antenor, a perícia médico-legal mostrou que Henry não foi vítima de um acidente doméstico, “mas sim que foi vítima de um homicídio”.
Em depoimento, um alto executivo da área da saúde afirmou que recebeu mensagens do vereador durante a madrugada de 8 de março. O contato teria sido feito pouco mais de uma hora após Jairinho chegar com a namorada, Monique Medeiros, mãe do garoto, e a criança — já morta — ao Hospital Barra D'Or.
De acordo com informações obtidas pela TV Globo, Dr. Jairinho diz, em uma das mensagens, que precisava de “um favor”. “Agiliza. Ou eu agilizo o óbito. E a gente vira essa página hoje”.
Via G1