A jovem de 22 anos que foi assaltada e abusada, na noite de terça-feira (13/04), em Belford Roxo, relata os momentos de terror que viveu. El...
A jovem de 22 anos que foi assaltada e abusada, na noite de terça-feira (13/04), em Belford Roxo, relata os momentos de terror que viveu. Ela acredita que o bandido abusou de outras mulheres na região. A polícia está investigando o caso e procura o criminoso.
A mulher saiu do trabalho, em Olaria, na Zona Norte do Rio, por volta das 22 horas. Ela é atendente em uma loja e estava voltando para casa, no Centro do município. As câmeras de segurança de comércios locais mostram que o homem já estava seguindo ela antes de rendê-la.
Por volta de 23:30, já na subida do morro onde fica o Colégio Castelinho, ela foi abordada pelo sujeito e obrigada a andar até um terreno baldio que fica na esquina da Rua José Marques. Lá ela foi amordaçada com a própria roupa e levada para trás do matagal, onde foi violentada. 30 minutos depois ele saiu sozinho correndo pela mesma rua.
A jovem decidiu falar sobre o que aconteceu, porque acredita que o criminoso tenha feito outras vítimas pelo bairro. Isso, devido à forma como ele agiu com ela, parecia que já estava tudo planejado.
“Eu quero primeiramente que ele seja encontrado e pague pelo que ele fez. Entendeu? Não só comigo, porque eu tenho certeza absoluta que ele também deve ter feito com outras mulheres”. Ela ainda conta como foi o momento em que ele apontou a arma para a cabeça dela.
“Na hora que eu olhei para trás, ele apontou a arma pra mim e eu dei um grito. Ai meu Deus! Aí nisso, eu já peguei meu celular e apontei pra ele e falei: Pode levar. Aí ele...Fica quieta e fique parada. Nisso ele veio até mim, pegou meu cabelo por trás e apontou a arma na minha cabeça. E falou: Você vai comigo!”
A jovem diz que ainda não parece que tudo foi realidade. “Até agora, a “ficha ainda não caiu”, vou ser sincera com você. O meu desespero foi maior quando eu tirei a blusa do meu olho. Eu falei, meu Deus, olha o que ele fez comigo! Meu desespero foi ali, pedi socorro e quando eu cheguei em casa também houve desespero.”
Muito abalada, ela está sendo acompanhada por uma psicóloga. A profissional afirma que nesse momento o apoio da família e de amigos é fundamental. Além disso, o acompanhamento com terapeuta e interação social também são essenciais.
A psicóloga acredita que a forma que o criminoso agiu mostra que o crime já estava premeditado. “O jeito como ele agiu, demonstra que ele já tem costume de praticar essa violência, né. Ele fez amarrações na roupa dela, espalhou os itens, para que ele ganhasse tempo na hora de fugir.”
Mesmo com o trauma, a jovem acredita que divulgar o caso pode encorajar outras vítimas. “Eu também vejo que muitas mulheres se calam, têm medo. Tem muito medo. “Cara” se expõe! Tem que se expor! Porque se não, ele fez contigo, ele fez com outra, vai continuar fazendo, entendeu? E a gente não pode se culpar por isso.”
Por Notícias de Belford Roxo
Dados R7