O prefeito Eduardo Paes disse na manhã desta sexta-feira que o momento é de ficar em casa. Paes alertou que o Rio de Janeiro não é uma ...
O prefeito Eduardo Paes disse na manhã desta sexta-feira que o momento é de ficar em casa. Paes alertou que o Rio de Janeiro não é uma "ilha no Brasil", que enfrenta o pior momento da pandemia. O prefeito afirmou que vai anunciar medidas mais restritivas na segunda-feira que devem começar a valer entre meados e o fim da semana que vem. Ele explicou que ainda está articulando com o governo do Estado e com municípios da Região Metropolitana para anunciá-las porque, segundo ele, as medidas serão mais eficazes se coordenadas.
"Os números todos apontam que temos uma situação muito mais grave. As pessoas estão indo para a UTI e o desfecho pode ser vir a óbito. Temos que trabalhar para preservar vidas. Queremos fazer um apelo á população de que não se trata de um alarme falso, não é exagero, é um fato que está acontecendo no Rio. Está se confirmando que não somos uma ilha no Brasil. O cenário em que você tem uma rede de Saúde estressada está se confirmando na cidade. Ou nós temos consciência, respeitamos as vidas ou vamos viver uma situação inadministrável", afirmou o prefeito do Rio.
Paes disse que desde que ganhou as eleições vem sendo cobrado para decretar o lockdown e disse que agora sim é o momento de ficar em casa. "Se eu tivesse atendido esse clamor estaríamos há 2 meses e meio trancados em casa. O que estamos alertando é que estamos vivendo um momento grave agora".
O prefeito antecipou que vai adiantar feriados de abril. Ele não quis dar detalhes sobre as medidas restritivas porque insiste que se coordenadas com outros municípios da Região Metropolitana, elas serão mais eficazes.
"A cidade do Rio de Janeiro também não é uma ilha. Qualquer decisão que seja tomada sem uma solidariedade metropolitana se torna mais difícil", disse comentando que já conversou com o prefeito de Petrópolis nesta sexta, e ainda terá reuniões com o prefeito de Niterói e com o governador do Estado.
As declarações foram dadas durante a divulgação do 11º Boletim Epidemiológico da covid-19 na Prefeitura. O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcio Garcia, apresentou o aumento nas últimas semanas do número de óbitos e internações, caracterizando um novo aumento na curva epidemiológica.
"A possibilidade de aumento começou a ser identificada no começo de fevereiro e se configurou em março, com 25% de aumento no último dia 16. Chama a atenção o grande aumento de internações nos últimos dias", destacou o superintendente em Vigilância.
Questionado se o momento demandaria o fechamento das escolas, Paes repetiu que as medidas serão anunciadas segunda-feira. " Segunda-feira a gente vai anunciar as novas medidas. Eu venho dizendo e repito que as escolas serão as primeiras a abrir e as últimas a fechar. As medidas já estão praticamente decididas no âmbito da Prefeitura, mas a gente vive uma especificidade aqui no Rio. Tomar decisões isoladas na cidade do Rio de Janeiro tem eficácia menor do que decisões coesas, com solidariedade metropolitana. Estou tentando construir essa coesão", afirmou.
Via O Dia