Paulo Guedes, Ministro da Economia, admite que o Brasil está atrasado na busca por vacinas contra covid-19. Ele acredita que o imunizante é ...
Paulo Guedes, Ministro da Economia, admite que o Brasil está atrasado na busca por vacinas contra covid-19. Ele acredita que o imunizante é fundamental para o país se recuperar, mas assegura que nunca faltaram recursos para o combate à pandemia.
"A entrega da vacina não está atrasada só agora, não. No primeiro dia, (Luiz Henrique) Mandetta (ex-ministro da Saúde) saiu com R$ 5 bilhões no bolso. É desde aquela época que deveríamos estar comprando vacina, não é mesmo? O dinheiro estava lá", declarou Paulo Guedes em entrevista à CNN Brasil.
Mandetta foi Ministro da Saúde até 16 de abril de 2020, quando ainda não havia vacinas disponíveis para compra no mundo inteiro. Os primeiros imunizantes começaram a ser negociados entre junho e julho, quando os Estados Unidos, por exemplo, compraram doses da Pfizer. No mundo, a primeira vacina só foi aplicada em 8 de dezembro, quando uma britânica foi imunizada.
O Brasil assinou um acordo de desenvolvimento da vacina de Oxford em junho. Um contrato de intenção de compra foi anunciado no final de julho. Mas o país só começou a vacinar, de fato, em janeiro de 2021. E com vacinas que não foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde, mas sim pelo Instituto Butantan e pelo Governo de São Paulo.
O governo federal passou a pagar por esta vacina do Butantan, a CoronaVac, a partir deste ano. Das doses da vacina de Oxford que já foram compradas, só 3 milhões chegaram ao Brasil até agora.
Paulo Guedes admitiu que o governo federal poderia ter sido mais rápido, mas também aproveitou para criticar os governadores pela gestão de leitos.
"Era possível ter sido mais rápido? Sim. Era possível que a mídia fosse mais construtiva? Era possível que os governadores ajudassem também? O dinheiro foi para os estados. Então, por que os leitos foram desativados? Pois todos nós achávamos que a pandemia estava indo embora", concluiu Guedes.
Via UOL