O secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chaves, afirmou na manhã desta quarta-feira (10) que pensa em barrar a entr...
"Eu vejo as praias cheias de turistas. É hora de turismo aqui? É hora de samba na praia? Eu acho que não. Estamos conversando com a Vigilância Epidemiológica sobre isso. Tem vários posicionamentos a serem colocados - uns mais drásticos, outros mais leves", disse o secretário. “É um ponto a ser discutido do ponto de vista técnico. Estamos analisando. Decisões podem ser tomadas na sexta-feira (12) a partir dos dados epidemiológicos. Temos que ver como está a evolução, os gráficos diários."
Mais tarde, no entanto, em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) descartou a medida e disse que "não afirmou que havia previsão de restrição à entrada de turistas no Rio de Janeiro".
"Os números da COVID-19 estão sendo monitorados diariamente e, de acordo com técnicos, não é necessária uma medida como essa", diz o texto.
Na manhã desta quarta-feira (10), 95% dos leitos de UTI da rede do Sistema Único de Saúde estavam ocupados, e 6% dos moradores da cidade do Rio já foram vacinados.
Secretário do Turismo é contra
No meio da tarde desta quarta, o secretário estadual de Turismo do Rio de Janeiro, Gustavo Tutuca, postou em suas redes sociais um vídeo para dizer que não existe previsão de fechamento das fronteiras. Segundo ele, o estado está preparado para receber os visitantes.
"Nosso estado continua preparado para receber os turistas. Não existe previsão para o fechamento das nossas fronteiras. Quero deixar bem claro o que acabei de conversar com o governador Cláudio Castro, que reforçou essa posição. Todo o setor do turismo tem cumprido a sua parte, tomando as medidas necessárias para trazer segurança para o nosso turista. O governo do estado continua acompanhando a evolução da Covid-19. Nós vamos continuar trabalhando para através do turismo garantir a geração de emprego e renda no Estado do Rio de Janeiro", disse Tutuca.
Hospital fechado
Chaves também justificou o fechamento do Hospital Eduardo Rabello, em Senador Vasconcelos, Zona Oeste do Rio. Mesmo durante a pandemia, unidade foi fechada para passar por reformas.
As justificativas foram apresentadas durante uma entrevista coletiva, manhã desta quarta-feira (10), na sede da secretaria, Centro do Rio, onde detalha a situação dos leitos para pacientes com Covid-19.
Na coletiva, ele afirmou que não voltará a a abrir os hospitais de campanha.
"Não vamos colocar paciente em container, nem reabrir hospital de campanha. Ponto. Eu não quero ser o quinto ou sexto secretário de Saúde na cadeia".
Sobre o Hospital Eduardo Rabello, ele afirmou: "Em 2001, estava fora do Brasil e reativei 120 leitos do Eduardo Rabello. É um hospital pelo qual tenho um carinho brutal. Passei 10 anos no Ministério Público e fizemos várias ações de inspeção nessa unidade. Estamos entregando essa documentação ao Judiciário - já há ações civis públicas sobre as condições do Eduardo Rabello"
O secretário contou ainda que está conversando com a Ordem Terceira para que leitos sejam transformados em UTI e possam servir ao estado em caso de necessidade.
“Estamos preparados para a abertura de mais leitos. Conversei com a Ordem Terceira e devemos fechar até a próxima quinta-feira. Vamos transformar em leitos de UTI via co-financiamento pelo SUS”, disse.
Vacinação no Rio
Nesta quarta e também na quinta-feira (11), na capital podem se vacinar os idosos com 76 anos. Na sexta (12), os idosos com 75. O sábado (13) será dia de repescagem para quem tem 75 anos ou mais.
O calendário de imunização até o fim da semana está garantido no Rio porque a prefeitura deverá receber, ainda nesta quarta, um novo lote com 56 mil doses da Coronavac.
O novo carregamento faz parte de uma remessa de mais de 261 mil vacinas que chegaram para o Governo do Estado na noite de terça (10).
Maricá, Niterói e São Gonçalo também deverão receber novas remessas nesta quarta. As vacinas estão no depósito central da Secretaria Estadual de Saúde.
As doses dos municípios do interior serão enviadas na quinta, de helicóptero.
Em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a vacinação para idosos de 73 anos formou filas ainda de madrugada.
Mas a imunização não acompanha a velocidade de propagação do vírus. Nesta quinta, 1.070 pessoas estão internadas com coronavírus na capital. Há, em média, 30 solicitações de internação por dia.
A ocupação para leitos de Covid em hospitais públicos do Rio está em 95%, com 618 pacientes graves.
A prefeitura informou que vai abrir mais 29 leitos de Covid-19 no Hospital Evandro Freire e outros 20 Hospital Albert Schweitzer.
O Censo Hospitalar mostra que existem ainda mais 400 leitos de Covid fechados na Rede SUS do Rio - 97 são de UTI. Para abrir esses leitos, os hospitais precisam contratar mais médicos e enfermeiros.
No começo da manhã, o governador em exercício Cláudio Castro publicou um vídeo nas redes sociais. Ele disse que o Estado está preparado para o aumento de casos.
Via G1