Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) revelou que para 64% dos entrevistados o desrespeito aos direitos dos co...
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) revelou que para 64% dos entrevistados o desrespeito aos direitos dos consumidores aumentou com a crise gerada pela pandemia do coronavírus. A maioria desse universo de consumidores declarou não se acomodar quando sente algum direito desrespeitado: 82% afirmaram que reclamam sempre. Além disso, a sensação de resolução dos problemas é alta para aqueles que reclamam, já que 67% afirmaram que resolveram seus problemas em todas ou na maioria das vezes que reclamaram.
Os exemplos mais citados de desrespeito foram dificuldade de cancelar um serviço ou devolver/trocar um produto (19%); cobrança indevida (17%); venda de produto danificado, estragado ou alterado (15%); não oferta de nota fiscal ou garantia (14%); e atendimento inadequado (13%).
“Ainda não saímos da condição de incertezas sobre o futuro, mas é impossível não notar que a situação que enfrentamos está entre as mais difíceis, principalmente para as populações mais vulneráveis. E apesar de a classe política ter manifestado preocupação com os efeitos da crise, na hora de resolver dilemas entre consumidores e fornecedores, as empresas sairam ganhando”, analisa a diretora executiva do Idec, Teresa Liporace.
Essa visão sobre a pouca atuação do poder público durante a pandemia também é compartilhada pela maioria da população. Para 52% a avaliação sobre a atuação do governo em defesa dos direitos do consumidor é negativa: 28% entendem que o governo está se omitindo e 24% acreditam que ao invés de ajudar está prejudicando. Já para 35%, a avaliação é positiva: 25% acham que o governo está fazendo algum trabalho neste sentido e 10% avaliam que está trabalhando muito neste sentido. Outros 14% não tinham opinião sobre o assunto.
A pesquisa inédita Idec/MultiFocus foi realizada entre os dias 21 de dezembro de 2020 e 13 de janeiro de 2021, como 1140 moradores de 436 cidades brasileiras, com idade entre 25 e 65 anos, das classes socioeconômicas A,B ou C.
Via O Dia