Alguns dos países mais desenvolvidos do mundo devem atingir a vacinação em massa contra a Covid-19 ainda em 2021, enquanto regiões na Áfric...
Segundo a projeção, o Brasil deve chegar à vacinação em larga escala em meados da metade de 2022, na mesma época em que outros países da América Latina como México, Argentina e Chile; além de nações em desenvolvimento como Rússia, África do Sul e Turquia; e alguns dos países de maior IDH do mundo, como Canadá, Austrália e Noruega.
De modo geral, o estudo conclui que os países mais ricos atingirão um alto nível de vacinação antes dos mais pobres, embora existam distinções.
No caso brasileiro, a pesquisa justifica a projeção apontando que o país recebeu "a promessa de suprimentos em troca da execução de testes clínicos ou de fábricas de produção habitacional".
Segundo o Economist Group, a situação brasileira é similar à do México, países que devem conseguir dar "acesso rápido às doses para grupos prioritários, embora sua capacidade de obter vacinação em massa dependa de outros fatores, incluindo espaço fiscal, tamanho da população, número de profissionais de saúde, infraestrutura e vontade política".
Entre os países de renda média, o estudo também destaca a Rússia, que desenvolveu suas próprias vacinas e, assim, "pode seguir um cronograma semelhante ao das economias mais ricas, com a imunização em massa concluída em meados de 2022".
Já China e Índia, embora também tenham projetos avançados de vacinas próprias, representam casos especiais por conta dos grandes tamanhos de suas populações.
Assim, não é esperado que concluam os processos antes do final de 2022, mesmo colocando em prática sofisticados programas de imunização em massa: a China anunciou já ter aplicado 22 milhões de vacinas, enquanto a Índia recentemente vacinou mais de 1 milhão de pessoas em uma semana.
O estudo projeta que países que já "saíram na frente" na vacinação - incluindo o Reino Unido, os EUA e a maioria dos países da União Europeia - deverão atingir o objetivo de imunizar a maioria da população antes do resto do mundo.
De acordo com a pesquisa, é esperável que esses países já tenham imunizado seus grupos prioritários até o final de março e, assim, seja possível vacinar a maior parte da população ainda em 2021. Segundo as projeções, muitos países ricos já terão vacinado grupos de maior risco até junho e, portanto, há a expectativa de que "as perspectivas econômicas globais melhorem a partir de meados de 2021, com a recuperação econômica global ganhando velocidade no terceiro e quarto trimestres".
Por outro lado, o estudo também aponta que "a vida não voltará ao normal até lá, pois os programas de imunização para a maior parte da população continuarão até meados de 2022".
Via CNN Brasil