O estado prevê que até o fim do primeiro semestre de 2021 sejam assinados os quatro contratos com as concessionárias que vão assumir os serv...
O estado prevê que até o fim do primeiro semestre de 2021 sejam assinados os quatro contratos com as concessionárias que vão assumir os serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto em 35 municípios, hoje sob a responsabilidade da Cedae. A estatal continuará fazendo a captação e o tratamento da água. O edição de concorrência, dividido em quatro blocos, foi publicado na terça em Diário Oficial. Os interessados têm até o da 27 de abril para apresentar suas propostas. O critério de licitação será o de maior outorga, cujo valor mínimo total é de R$ 10,6 bilhões. O edital prevê a universalização do saneamento básico para 13 milhões de pessoas em 12 anos, com o investimento de R$ 25 bilhões neste período.
Como a Cedae será dividida em quatro blocos, uma empresa ou consórcio pode levar mais de um bloco, desde que fique comprovado, por meio de habilitação técnica, a capacidade de garantir os investimentos para a universalização do saneamento.
No tempo total da concessão, que é de 35 anos, serão investidos R$ 30 bilhões e gerados 46 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, serão investidos R$ 57 bilhões em manutenção e operação do sistema, o que inclui pagamento de salários, compras de materiais e equipamentos, recolhimento de impostos e energia, por exemplo.
A concessão prevê que em 19 municípios da Região Metropolitana a distribuição de água e tratamento de esgoto passam a ser de responsabilidade da iniciativa privada por um período de 35 anos, enquanto a captação e o tratamento de água ficam com a Cedae, que continuará existindo para este fim, com expectativa de receita de R$ 2 bilhões.
Em 16 municípios do interior, além dos serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto, a captação e o tratamento de água também passarão a ser de responsabilidade da iniciativa privada pelos mesmos 35 anos.
Alguns investimentos
-As comunidades não atendidas pelo serviço público de saneamento são um dos principais focos. Os concessionários terão obrigação de investir pelo menos R$ 1,8 bilhão em regiões mais carentes do Rio de Janeiro.
-O meio ambiente também sairá ganhando, com investimentos em projetos para a Baía de Guanabara, Rio Guandu e complexo lagunar da Barra da Tijuca.
-Na Baía de Guanabara serão aplicados R$ 2,6 bilhões, nos cinco primeiros anos, para atacar as causas da poluição.
-No Rio Guandu serão aplicados R$ 2,9 bilhões nos cinco primeiros anos.
-No Complexo Lagunar da Barra da Tijuca serão aplicados R$ 250 milhões.
São os seguintes os blocos da concessão:
Bloco 1
Zona Sul do Rio de Janeiro, São Gonçalo, Aperibé, Miracema, Cambuci, Cachoeiras de Macacu, Cantagalo, Casimiro de Abreu, Cordeiro, Duas Barras, Magé, Maricá, Itaocara, Itaboraí, Rio Bonito, São Sebastião do Alto, Saquarema, São Francisco de Itabapoana, Tanguá. Outorga mínima: R$ 4,03 bilhão
Bloco 2
Rio de Janeiro (Barra e Jacarepaguá), Miguel Pereira, Paty do Alferes. Outorga minima: R$ 3,17 bilhões
Bloco 3
Rio de Janeiro (Zona Oeste, só esgoto), Piraí, Rio Claro, Itaguaí, Paracambi, Seropédica, Pinheiral. Outorga mínima: R$ 908 milhões
Bloco 4
Rio de Janeiro (Centro e Zona Norte), Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti. Outorga minima: R$ 2,5 bilhões
Via Extra