O Ministro da Economia destacou que é "certeza" que auxílio emergencial será prorrogado se houver outra onda de contaminação no Pa...
O Ministro da Economia destacou que é "certeza" que auxílio emergencial será prorrogado se houver outra onda de contaminação no País
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira que, se houver uma segunda onda de Covid-19 no Brasil, é “certeza” que auxílio emergencial será prorrogado. Ele ressaltou, porém, que o governo não trabalha como esse cenário como “plano A”.
— Qual o plano para o auxílio emergencial? Remoção gradual, e nós voltamos para o Bolsa Família. Esse é o plano A. Existe possibilidade de haver a prorrogação do auxílio emergencial? Se houver uma segunda onda de pandemia, não é possibilidade, é uma certeza, vamos ter que reagir. Mas não é o plano A, não é o que estamos pensando agora — disse o ministro, em evento do setor de supermercados.
Como o GLOBO mostrou nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro não trabalha com a prorrogação do auxílio, que termina em dezembro. Além disso, indicou a interlocutores da ala política ter desistido de criar, neste ano, o Renda Cidadã.
Segundo integrantes do alto escalão do governo, a ideia agora é manter o Bolsa Família, que atualmente beneficia 14,2 milhões de famílias, e incluir mais pessoas nas regras.
— A ideia é que o auxílio emergencial foi criado para enfrentar uma calamidade. A pandemia está descendo, e o auxílio emergencial está descendo junto. Essa é a nossa realidade, esse é o nosso plano A — disse o ministro.
No evento, Guedes reforçou que, se houver uma segunda onda da pandemia no Brasil — como está ocorrendo na Europa e começa chegar aos Estados Unidos —, o governo agirá da mesma forma que na primeira onda.
Ele ressaltou, porém, que pretende gastar menos. Até agora, o governo já liberou R$ 580 bilhões em medidas para combater a pandemia.
— Se houver uma segunda onda, atingir os brasileiros de novo, nós vamos reagir da mesma forma que reagimos na primeira onda. Vamos ter criar o estado de calamidade pública. (Mas) neste ano nós gastamos 10% do PIB, talvez a gente gaste 4% (no próximo ano) — disse, acrescentado: — A probabilidade hoje é baixa, não é tão alta, mas nós temos que estar preparados.
Para enfrentar o coronavírus, o governo adotou o chamado Orçamento de Guerra, aprovado pelo Congresso, que tirou uma série de regras para os gastos públicos.
No mesmo evento, Guedes disse que vê a inflação como transitória e voltou a defender o imposto sobre transações eletrônicas.
Via O Globo