O homem é um agente penitenciário e chegou a se apresentar dias após o crime, porém, foi liberado pela Polícia O agente penitenciário, suspe...
O homem é um agente penitenciário e chegou a se apresentar dias após o crime, porém, foi liberado pela Polícia
O agente penitenciário, suspeito de matar Amanda Nunes, de 30 anos, em Belford Roxo, segue em liberdade e armado, há quase dois meses após o crime. O assassinato aconteceu na feira de Areia Branca, onde o autor deu um tiro no rosto da jovem após uma discussão.
A vítima estava com o marido e um casal de amigos em uma festa, quando, saindo do evento no fim da madrugada, resolveram comer um pastel com caldo de cana em uma das barracas da feira. No local, ela se meteu em uma briga com a esposa do agente penitenciário, que teria chamado Amanda de gorda. O homem, que não estava em serviço, sacou a arma e atirou no rosto da jovem, fugindo logo em seguida.
A mulher chegou a ser socorrida ao Hospital Municipal de Belford Roxo e transferida ao HGNI, onde passou por uma cirurgia e ficou internada na sala vermelha, porém, não resistiu e veio a óbito na manhã da segunda-feira (31/08).
O pai de Amanda diz que se sente injustiçado e pede que o acusado pague pelo crime. “Me sinto injustiçado né, ele destruiu uma família. Tudo o que nós queremos é só a Justiça, que ele pague pelo crime que ele cometeu”, comentou Álvaro de Carvalho.
A DHBF informou que pediu a prisão do agente penitenciário, mas não explicou porque ele se apresentou dois dias após o crime, na companhia de advogados, e acabou sendo liberado.
“Tá trabalhando normalmente, curtindo os finais de semana tranquilo e tomando conta de preso, porque ele é um agente do DESIPE. Deveria ser o contrário, né.”
Alberto Louvera, especialista em Direito Criminal comenta o caso. “Não pôde ser preso em flagrante, porque ele não foi encontrado no momento em que estava praticando a infração penal, mas o poder judiciário tem condições de dar uma resposta imediata à sociedade, suspendendo-o de suas funções, afastando-o do serviço público, suspendendo seu direito ao porte de arma. Isso é possível e até mesmo, se for o caso, a sua prisão preventiva.”
A defesa do acusado alegou que o assassino não tinha antecedentes criminais e que não está atrapalhando as investigações, porém, parentes da vítima afirmam ter recebido ameaças.
O processo foi encaminhado à 1ª Vara Criminal de Belford Roxo. Mesmo assim, o advogado do agente já entrou com o pedido de relaxamento de prisão.
Outro ponto levantado pela família de Amanda, são as falhas no inquérito. Algumas pessoas afirmam que a vítima foi agredida com tapas e coronhadas, outras dizem que o agressor deu um tapa, a mulher revidou e ele atirou.
Outro fato que familiares não entendem é o posicionamento do marido de Amanda. Segundo os parentes, ele se mantém indiferente à perda da esposa e deu várias versões diferentes sobre o caso, mesmo só dando um único depoimento na Delegacia.
A vítima deixa dois filhos, uma menina de 12 anos e um menino de 2 anos.
Segundo o Tribunal de Justiça, a denúncia foi recebida na última sexta-feira. O suspeito vai à julgamento por homicídio duplamente qualificado.
Por Notícias de Belford Roxo
Dados R7