BRASIL - A pandemia acelerou a transformação digital das indústrias fluminenses: 1 em cada 4 indústrias iniciaram vendas em canais digitais...
BRASIL - A pandemia acelerou a transformação digital das indústrias fluminenses: 1 em cada 4 indústrias iniciaram vendas em canais digitais e, dessas, 84,6% pretendem mantê-las depois do fim da pandemia. Em função da crise do novo coronavírus, as empresas implantaram mudanças na operação (87,8%), nas relações de trabalho (75,3%) e nas estratégias de negócios (44,9%). 92,9% das indústrias planejam manter as mudanças realizadas em suas operações, como revisão das despesas operacionais, negociação com novos fornecedores, e otimização de logística /cargas.
Os números constam da pesquisa Adaptabilidade da Indústria Fluminense, feita pela Firjan, com dados da Sondagem Industrial no 2º trimestre de 2020, que tem como objetivo compreender aspectos relacionados à cultura da empresa e às adaptações/mudanças realizadas pelas indústrias durante a pandemia e aquelas que pretendem ser mantidas após esse período. O resultado da pesquisa será apresentado no dia 24 de setembro (quinta-feira), às 17h, no Diálogos de Adaptabilidade, encontro promovido pela Casa Firjan, com transmissão on-line.
“A pesquisa mostra que as indústrias fluminenses têm se adaptado e implementado novas estratégias para se manterem competitivas e garantirem sua sobrevivência mesmo em cenário extremo e adverso. A pandemia exige reinvenção para superar a crise e essa é uma grande lição para as empresas: em um mundo em constante transformação não podemos pensar de forma linear é essencial se adaptar às mudanças”, afirma Joana Siqueira, coordenadora de pesquisas institucionais da Firjan.
O estudo quantitativo foi feito através de questionário estruturado via e-mail. A coleta de dados foi feita dos dias 1 a 13 de julho de 2020, sendo ouvidas 324 indústrias do Estado do Rio de Janeiro, dos setores da Indústria de Transformação e Indústria da Construção Civil, de pequeno (58,6%), médio (31,5%) e grande (9,9%) porte. A margem de erro é de 5 pontos percentuais. “Vemos que as indústrias conseguiram reagir às mudanças provocadas pela pandemia, sobretudo com um olhar interno, de revisão de seus custos e otimização de seus processos – essas foram as principais mudanças implementadas pela indústria fluminense. Mas não foi só isso, o momento também fez com que parte da indústria caminhasse para um posicionamento diferenciado e estratégico, buscando inovações nos canais utilizados, abertura de novos mercados e exploração de seu portfólio”, comenta Joana Siqueira.
RESUMO DOS DADOS
Mudanças realizadas durante a pandemia:
87,8% das indústrias fluminenses realizaram mudanças na operação, sendo a principal delas a revisão de despesas operacionais (77,4%). Outras mudanças foram negociação com fornecedores (26,4%) e otimização de logística/cargas (25,1%)
75,3% adotaram mudanças nas relações de trabalho como adoção de home office (62,2%) e flexibilização de horário de trabalho (56,8%)
44,9% realizaram mudanças na estratégia de negócios, como a adoção de vendas em canais digitais (24%), abertura de novos mercados (17%) e ajuste de portfólio de produtos (15,4%)
Mudanças que pretendem manter após a pandemia:
9 em cada 10 indústrias fluminenses planejam manter mudanças realizadas em suas operações, como revisão de despesas operacionais (92,9%), negociação com novos fornecedores (90,4%) e otimização de logística /cargas (87,3%).
54,7% das indústrias planejam manter o home office após o fim da crise da Covid 19 e 34,8%, a flexibilização de horário de trabalho
94,5% das indústrias planejam manter as mudanças de estratégia de negócios, como abertura de novos mercados (87,1%), vendas em canais digitais (84,6%) e ajuste de portfólio de produtos (81,5).
Sobre ‘Diálogos de Adaptabilidade’
Promovido pela Casa Firjan, como parte da programação do novo ciclo temático, o ‘Diálogos de Adaptabilidade’ será transmitido no dia 24 de setembro, a partir das 17h, pelo canal da Firjan Senai no Youtube. O encontro vai discutir as transformações realizadas por empresas que se adaptaram ou se reinventaram ao longo de 2020. Os convidados para o encontro são Cláudio Cariello e Kenia Cariello, diretores da CCM, marca pioneira de moda esportiva no Brasil, que passou a fazer máscaras de proteção; Carolina Matsue e Yuri Gricheno, fundadores da Insider, que fabrica máscaras e camisetas com nanopartículas de prata, que impede a ação do coronavírus; e Antonio Fidalgo, biomédico e Doutor em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz. No encontro, vão ser apresentados os resultados da pesquisa Adaptabilidade da Indústria Fluminense, por Joana Siqueira, coordenadora de pesquisas institucionais da Firjan. A mediação é de Julia Zardo, Gerente de Ambiente de Inovação da Firjan.
Sobre o Ciclo Adaptabilidade
As transformações em escala mundial decorrentes da pandemia deixaram ainda mais evidente a importância da agilidade na tomada de decisões e na capacidade de resposta das empresas. A capacidade de adaptação diante de novos cenários, em constante transformação, é extremamente relevante para a sobrevivência das empresas. Tema do novo ciclo da Casa Firjan, a adaptabilidade é entendida como a capacidade de constantemente fazer mudanças estratégicas. É uma competência que pode e precisa ser desenvolvida por profissionais e empresas, através de ferramentas, metodologias, conteúdos e modelos mentais.