Eles não estão nos hospitais, mas participam ativamente da luta contra o novo coronavírus. Todos os dias, saem às ruas para fazer a lim...
Eles não estão nos hospitais, mas participam ativamente da luta contra o novo coronavírus. Todos os dias, saem às ruas para fazer a limpeza dos espaços públicos, medida que visa conter a propagação da doença. Suas armas são detergente, hipoclorito, água e pulverizador. É com elas que os agentes de higienização lutam nessa guerra contra a Covid-19.
Soldador e serralheiro, João Paulo Reis, de 29 anos, começou há um mês na empresa terceirizada que faz o serviço de desinfecção em espaços públicos de Belford Roxo. Trocou a máquina de solda pelo pulverizador, que pesa 23kg, e tem um mecanismo movido a gasolina e óleo. Um dia e meio de treinamento foi o suficiente para que aprendesse a manusear o equipamento.
João também é rápido para vestir todo o equipamento de proteção, composto por máscara com respirador, camisa, calça, avental, bota, óculos, luva e protetor facial. Cinco minutos é o tempo necessário. No fim do expediente de oito horas, todo o material utilizado é higienizado pelos próprios profissionais em suas casas.
"Recebemos um kit de limpeza para limpar todo nosso uniforme em casa. Troco de roupa na base e, quando chego em casa, já deixo a bolsa no tanque. Tomo banho e volto para lavar tudo. Depois, tomo outro banho. Demoro quase uma hora nesse processo", conta João, que mora com a esposa e o filho de 2 anos em Nova Aurora.
É para o pequeno Arthur que João quer contar essa história no futuro:
"Sei que estou sendo útil e importante nesse combate e fazendo minha pequena parte."