A Secretaria de Educação de Belford Roxo realizou uma formação continuada com palestras no auditório da Uniabeu para professores da...
A Secretaria de Educação de Belford Roxo realizou uma formação continuada com palestras no auditório da Uniabeu para professores da educação infantil, do 1º ao 5º ano e de ciências, estimuladores, gestores e especialistas, voltado para a área da saúde, dentro do projeto “Cuidar e Educar – Saúde em Foco na Escola”, para discutir sobre a baixa cobertura vacinal dos últimos anos. O evento foi em parceria com a Secretaria Adjunta de Epidemiologia que esteve atualizando a caderneta de vacinação dos educadores, com doses de hepatite B, antitetânica e tríplice viral, além de cadastrar os profissionais que não tinham o número da matrícula no SUS (Sistema Único de Saúde). Antes das palestras, os cerca de 200 participantes preencheram uma pesquisa e ganharam um informativo sobre o sarampo (doença contagiosa que está em surto no Estado do Rio de Janeiro).
Segundo a secretária adjunta de Educação, Eneila Lucas, desde o início do ano vem acontecendo capacitações para que os profissionais agreguem conhecimentos para atender melhor a infância. “Neste contexto, também trazemos a situação intersetorial, que é o que a gente vem trabalhando na Secretaria, um diálogo com os diversos setores a fim de trazer mais informações aos educadores e ser melhor para o aluno na ponta. Nesse encontro, a temática foi com a saúde e o foco na vacinação”, destacou. A coordenadora do Programa da Saúde na Escola (PSE) da educação, Suellen Soares, explicou que o projeto foi, inicialmente, pensado e voltado para os profissionais da educação infantil. “Este encontro foi preparado desde maio, onde foi discutido a prevenção de acidentes e noções de primeiros socorros. Então esse é o segundo encontro com esses profissionais para a discussão da saúde integral da criança e o primeiro do ensino fundamental”, ressaltou.
A coordenadora do PSE ainda destacou a preocupação com o surto de sarampo do Estado. “Um dos temas do PSE trata das doenças em fase de eliminação e situação vacinal dos alunos. Indo ao encontro dessas ações, estamos nos atualizando sobre a importância da vacinação. Doenças que estavam controladas estão ressurgindo e nós professores precisamos refletir sobre isso. O sarampo é uma doença altamente contagiosa, grave, causada por um vírus, transmitida pelo ar e começa a passar de pessoa a pessoa antes mesmo do aparecimento de todos os sintomas. São as crianças as principais vítimas na mortalidade. Então recorremos aos profissionais multiplicadores de conhecimento para conscientizar principalmente os responsáveis dos nossos alunos. O sarampo não tem tratamento mas tem a vacina para prevenção”, informou Suellen que também é professora da rede e bióloga com mestrado em medicina tropical pela Fundação Oswaldo Cruz.
Cobertura vacinal
Para a palestrante magna, Gina Peres, biomédica com doutorado na Fiocruz e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), embora esse tipo de encontro não seja comum para a educação, não deixa de ser muito importante. “O objetivo principal é sensibilizar esses profissionais ligados às crianças, que são o maior público das vacinações. Estamos em uma fase crítica, pois cada vez mais as pessoas estão desacreditadas de algo que salva milhões. Os profissionais da educação saíram daqui com bastante conteúdo e espero que conscientizem de que o motivo pelo qual a vacinação existe e a importância dela para crianças e adultos. Existem vacinas voltadas para cada público, inclusive para professores que atendem crianças”, concluiu.
De acordo com o diretor de Prevenção e Controle de Doenças, Ricardo Lopes, o objetivo da ação é resgatar a cobertura vacinal de um modo geral. “Atualmente, existe uma cultura contra a vacina e por isso, outras doenças estão sendo reinseridas no nosso meio. Então, todo o evento, intensificação e mobilização, estamos com parceria para oferecer a vacina seletiva, que serve para colocar o esquema vacinal de cada indivíduo em dia de modo que ele esteja protegido e resgate os anticorpos das doenças que ele já foi imunizado em alguma época da vida”, resumiu Ricardo.