BELFORD ROXO - O envelhecimento como bônus e o enfrentamento da violência foi tema do Seminário do idoso, realizado no Polo Cederj, em...
BELFORD ROXO - O envelhecimento como bônus e o enfrentamento da violência foi tema do Seminário do idoso, realizado no Polo Cederj, em São Bernardo, Belford Roxo, através Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc). A palestra sobre o tema foi proferida pela professora Maria Cecília de Souza Minayo, doutorada em Saúde Pública pela Escola Nacional da Fundação Oswaldo Cruz. Aos 81 anos de idade e com um vasto currículo acadêmico, ela chamou atenção da plateia durante seu discurso. Segundo ela, as crianças que estão nascendo hoje terão uma expectativa longa de vida, podendo a ultrapassar os 100 anos de idade.
Minayo disse que a saúde, a educação e a diminuição do número de filhos são os fatores que têm contribuído para o crescimento da população de idosos. Pesquisadora, ela assegurou que a maioria tem uma saúde boa, é ativa e trabalha. “Nos últimos 30 anos a população de 80 anos foi a que mais cresceu. Hoje somos mais de 30 milhões”, destacou. Também graduada em sociologia e membro do Conselho Editorial de 13 revistas científicas, sendo quatro estrangeiras, a professora destacou a necessidade de estar preparado para se defender de qualquer tipo de violência. “As pessoas precisam ser mais participativas. E pelo que percebi aqui, há muito idoso ativo em Belford Roxo”, ressaltou.
Animação e dança
O secretário Vander Louzada e a palestrante Cecília Minayo |
Técnicos e frequentadores dos 13 Cras (Centros de Referência da Assistência Social) dos Creas (Centros de Referência Especializados da Assistência Social) participaram do evento. O secretário de Assistência Social e Cidadania, Vander Louzada, destacou que os equipamentos sociais e as atividades desenvolvidas pela Semas têm contribuído bastante para o bem-estar do idoso da cidade. “O seminário tem objetivo de enriquecer ainda mais o conhecimento de todos”, disse. Secretário adjunto da Semasc, Diogo Bastos acrescentou que os centros de referência oferecem oportunidades para que os idosos tenham boa qualidade de vida, oferecendo cursos, palestras, lazer e cultura. “Um resgate da felicidade”, destacou.
Na abertura do evento, um grupo de participantes dos Cras cantou e dançou para a palestrante contagiando todos os presentes. “Eu já terminei meu ensino médio, concluí curso técnico de Enfermagem e também de cozinheira. Tudo isso eu fiz depois de entrar para o Cras. Perdi meus pais e meu filho foi morar longe. Fiquei sozinha e depressiva. Hoje eu me amo e sou amada pelos amigos que fiz lá. Sou muito bem acolhida por todos. E com esse seminário eu vou ganhar muitos mais conhecimentos”, garantiu Eunice Maria da Silva Nunes, 60.