BELFORD ROXO - A Prefeitura de Belford Roxo realizou nesta quinta-feira, dia 30 de maio, o 1º Fórum do Centro de Atenção Psicossocial ...
BELFORD ROXO - A Prefeitura de Belford Roxo realizou nesta quinta-feira, dia 30 de maio, o 1º Fórum do Centro de Atenção Psicossocial Adulto (CAPS II), com o tema “Luta Antimanicomial e Violação de Direitos: Trancar não é Tratar”. A atividade foi desenvolvida no auditório da UNIABEU e reuniu a equipe técnica dos três CAPS do município, familiares de usuários, funcionários da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, além de alunos de cursos de graduação em psicologia e enfermagem. A atividade é uma realização do Departamento de Atenção Psicossocial em parceria com a Secretaria Adjunta de Vigilância Epidemiológica.
A mesa de abertura contou com a presença do diretor de Saúde Mental do município, Paulo Patrocínio; das coordenadoras técnicas Angélica Porto e Maricelia Ribeiro; da psicóloga Thelma Mary; e da especialista em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social, Débora Holanda Menezes, que ministrou uma palestra sobre “Política de Saúde, Serviço Social, Saúde Coletiva e Saúde Mental”.
De acordo com Paulo Patrocínio, o tema reporta ao mês de maio, pela luta antimanicomial, ao qual se deu início à reforma psiquiátrica, com a lei 10.216, de 2001, onde surge a proposta de criação e funcionamento dos CAPS, e assim uma nova metodologia de tratamento das pessoas com transtorno e sofrimento mental. “Precisamos abordar a importância de um tratamento humanizado, do acolhimento e a participação efetiva da família e da comunidade, junto com os pacientes. Essa atividade é um grande ganho para a cidade de Belford Roxo”, disse.
Débora Holanda Menezes abordou a importância de falar sobre o assunto e abrir as portas dos CAPS para toda a sociedade. “O tema esteve muito evidente há 20 anos, mas precisamos conhecer as políticas públicas e formar multiplicadores. Não podemos deixar que toda conquista retroceda. Precisamos que os pacientes estejam inseridos em todos os setores. Para isso, é fundamental o trabalho em conjunto entre a Saúde e a Assistência Social, a família e da comunidade”, afirma ela que é doutora em Política Social.
Moradora do bairro Lote XV, Juciléia Barreto acompanha o irmão de 64 anos no CAPS II, em Areia Branca. “Ainda temos muito o que avançar em relação à lei. Meu irmão, que é esquizofrênico, melhorou muito desde que iniciou o tratamento no CAPS, em 2001. A equipe técnica está de parabéns. Precisamos nos unir para que os direitos garantidos sejam mantidos”, concluiu a aposentada.