BELFORD ROXO - No auge do verão carioca, passageiros dos trens do Rio precisam enfrentar diariamente o suplício que é embarcar em um v...
BELFORD ROXO - No auge do verão carioca, passageiros dos trens do Rio precisam enfrentar diariamente o suplício que é embarcar em um vagão sem ar-condicionado. Embora 99% da frota da Supervia seja climatizada, um levantamento realizado este mês pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários e Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) em 701 composições apontou que 14% delas apresentavam problemas de refrigeração. Apesar da precariedade, os usuários irão pagar mais caro pelo serviço a partir do dia 02 de fevereiro. É que a tarifa do trem vai passar de R$4,20 para R$4,60.
Durante uma semana, equipes da Agetransp vistoriaram trens em cinco dos oito ramais em operação no Rio de Janeiro. Em 99 composições, a temperatura interna estava acima dos 26 graus recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A situação mais crítica é a do ramal Belford Roxo, onde 70% dos trens apresentaram problemas no ar-condicionado. Em uma das composições que atendem ao ramal, um fiscal chegou a registrar 37,2 graus dentro do vagão. Até do lado de fora estava mais fresco: na plataforma da estação de Triagem, os termômetros marcavam 35 graus.
Morador de Barros Filho, o estudante Allan Fernandes, de 23 anos, conta que o problema é comum no ramal Belford Roxo.
- Todo dia eu pego trem com o ar-condicionado quebrado ou funcionando porcamente. Para piorar, muitas das composições são seladas, ou seja, não dá nem para abrir a janela. É insuportável - reclama.
Via Extra