As mulheres são mais da metade dos eleitores brasileiros, e ocupam menos de 10% das vagas no Congresso Nacional. Na Câmara, a repres...
As mulheres são mais da metade dos eleitores brasileiros, e ocupam menos de 10% das vagas no Congresso Nacional. Na Câmara, a representação feminina hoje é de apenas 45 deputadas contra 468 homens, uma participação de tamanho constrangedor.
Em uma análise entre mais de 125 países, incluindo o Brasil, um estudo descobriu que a corrupção é menor onde mais mulheres participam do governo. O estudo revela ainda que a representação das mulheres na política local também é importante. Na política local da Europa, por exemplo, a probabilidade de suborno é menor nas regiões com maior representação de mulheres.
"Esta pesquisa ressalta a importância do empoderamento das mulheres, sua presença em cargos de liderança e sua representação no governo", disse Sarangi, professor de economia e chefe de departamento da Virginia Tech, nos EUA.
"Isso é especialmente importante porque as mulheres continuam sub-representadas na política. Na maioria dos países, incluindo os Estados Unidos ".
A lei em vigor atualmente no Brasil, prevê que pelo menos 30% dos candidatos são do sexo feminino. Para que essa situação tivesse um novo caminho, é que se formou a Bancada Feminina na Câmara, cujo objetivo é fazer valer os direitos das mulheres.
"Graças ao nosso empenho, o Parlamento tem produzido avanços significativos na legislação e a Lei Maria da Penha, de 2006, representa um marco nessa luta. O combate às desigualdades salariais, a proteção da mulher no mercado de trabalho, a melhoria nas condições de saúde sexual, e a ampliação dos direitos das empregadas domésticas, estão entre os principais compromissos de nossa bancada."
O estudo concluiu que é na formulação de novas políticas que as mulheres podem ter um impacto sobre a corrupção.
"Isso pode dever-se ao fato de que mulheres formuladoras de políticas tendem a favorecer políticas que melhoram coisas como a provisão de bens públicos, saúde, educação e bem-estar infantil".
Ou seja, esses resultados não significam necessariamente que as mulheres sejam inerentemente menos corruptas que os homens.
Via G1
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