BELFORD ROXO - Na manhã desta sexta-feira (4) moradores de Belford Roxo estiveram reunidas na Praça Getúlio Vargas no Centro, rezando ...
BELFORD ROXO - Na manhã desta sexta-feira (4) moradores de Belford Roxo estiveram reunidas na Praça Getúlio Vargas no Centro, rezando pelo fim da violência na cidade. Denominado Uma Hora Pela Paz, o evento, promovido pela Diocese de Nova Iguaçu e apoiado pela Prefeitura, estará percorrendo, através da CNBB/Regional leste 1, todas as Dioceses do Estado do Rio de Janeiro até o próximo dia 13. Aniversariante do dia, completando 74 anos, o bispo, Dom Luciano Bergamin, assegurou que o ser humano está carente de Deus e amor. “As pessoas precisam respeitar mais o próximo, pois a violência está em toda parte, de várias formas”, disse.
O alto índice de violência no município fez a Diocese de Nova Iguaçu, que abrange sete municípios da Baixada Fluminense (Nova Iguaçu,Belford Roxo, Queimados, Japeri, Paracambi, Mesquita e Nilópolis) escolher Belford Roxo para sediar o encontro religioso. Durante uma hora, fiéis de vários bairros, rezaram o terço mariano clamando pela paz. “Não só Belford Roxo, onde a violência cresceu muito, mas como todo o Estado do Rio de Janeiro, precisam de muita oração. A falta de políticas públicas tem contribuído muito para esta infeliz situação que vivemos”, afirmou Dom Luciano.
CLAMOR DE PAZ
“A paz começa no coração de cada um e tem que ser cultuada a partir das famílias. Há muito ódio, muita comunicação violenta na TV e nas relações pessoais. É preciso valorizara o respeito, a ética e a moral entre as pessoas. Ainda temos muito terço para rezar”. A declaração é do padre, Geraldo Magalhães, pároco da matriz de Nossa Senhora da Glória, padroeira da cidade, que acompanhava o evento entre os fiéis.
As amigas Patrícia Oliveira, 38 e Rosangela Rodrigues, 58, aproveitaram a hora do almoço para rezar o terço pela paz. “Valeu muito a pena abrir mão do almoço para rezar. Temos que clamar a Deus, pois a violência está demais”, disse Patrícia, que usava um terço emprestado pela amiga. Ambas já foram vítimas da violência urbana. Patrícia foi assaltada em frente de casa e Rosangela perdeu o pai, assassinado em um assalto. “Sempre que posso estou em oração. Meu terço, carrego na bolsa”, revela.