BELFORD ROXO - A operação da Polícia Federal, ocorrida quinta-feira (12 de abril) no Instituto de Previdência dos Servidores Púb...
BELFORD ROXO - A operação da Polícia Federal, ocorrida quinta-feira (12 de abril) no Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Belford Roxo (Previde), que investiga a possibilidade de fraudes na aplicação em fundos de investimentos em empresas de fachadas, no período de 2011 a 2016, em vários municípios do país, foi elogiada pelo prefeito Wagner Carneiro, o Waguinho. “Belford Roxo está à disposição da Polícia Federal no que for necessário para enriquecer as investigações. A população tem que tomar ciência do que foi feito de errado em outras gestões. Do delegado aos agentes, todos estão de parabéns e têm o meu total apoio”, disse Waguinho.
O diretor-presidente do Previde, Pedro Paulo da Silveira e toda a equipe do instituto acompanharam toda ação da PF. “Todos os processos exigidos foram retirados do arquivo e entre aos agentes federais. Segundo informações, foram quase R$ 40 milhões aplicados em fundos podres, em papel fantasma. Foram práticas realizadas por outras administrações. Estamos tranqüilos e à disposição para colaborar no que for preciso”, destacou Pedro Paulo.
A operação intitulada com Encilhamento é a segunda fase da Operação Papel Fantasma. Agentes da Polícia Federal e auditores-fiscais da Receita Federal cumprem 60 mandados de busca e apreensão e também 20 mandados de prisão temporária expedida pela 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo em vários municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso.
A PF investiga fraudes na aplicação de recursos de institutos de previdência municipais em fundos de investimentos com debêntures sem latro (título de dívida sem garantia) emitidos por empresas de fachada, onde o dinheiro dos servidores públicos era aplicado. De acordo com o “esquema” o trabalhador acabava perdendo o seu vencimento da aposentadoria, já que as tais empresas decretavam falência. A fraude, segundo a PF, pode ultrapassar R$ 1,3 bilhão. Durante a operação 12 pessoas foram presas, entre elas: Meire Poza, contadora do doleiro Alberto Youssef e Gilmar Machado, ex-prefeito de Uberlândia.