BELFORD ROXO - “A carteira nacional é o reconhecimento do nosso trabalho”. A frase é de Luiz Phelipe Rodrigues, 25 anos, que particip...
BELFORD ROXO - “A carteira nacional é o reconhecimento do nosso trabalho”. A frase é de Luiz Phelipe Rodrigues, 25 anos, que participou nesta sexta-feira (23) do último dia de cadastramento do Programa de Artesanato Brasileiro, promovido na Uniabeu pela Secretaria de Estado de Turismo e a Prefeitura de Belford Roxo. Na quinta-feira (22) foram cadastrados cerca de 100 artesãos, mas a Secretaria municipal de Trabalho e Emprego estima que a cidade tenha mais de mil profissionais desta área na cidade.
A Carteira Nacional do Artesão permite que o profissional tenha diversos benefícios, como por exemplo, capacitação e comercialização dos produtos A subsecretária-adjunta de Turismo do Estado e coordenadora do Programa de Artesanato Brasileiro (PAB), Nea Mariozz, 42 municípios já estão cadastrados com 12.500 profissionais. O secretário-adjunto de Trabalho e Emprego de Belford Roxo, Adriano Nascimento, explicou que quem não se cadastrou deverá procurar a sede da Secretaria, que fica na Avenida Benjamin Pinto Dias, 1305, centro para fazer um pré-cadastro.
Ao lado do primo Luiz Alberto de Souza, 30 anos, Luiz Phelipe Rodrigues explicou que é artesão há cinco anos. Segundo ele, todas as técnicas foram repassadas por amigos. "Fui na curiosidade e acabei gostando. Atualmente trabalho com cordões, brincos e pulseiras. Vendo a produção na Zona Sul do Rio. Me cadastrei para ter a carteira, pois ela funcionará como um selo de qualidade para o meu trabalho, além de propiciar que eu seja reconhecido como profissional”, avaliou.
Produtos para outros países
Artesã há mais de 50 anos, a aposentada Glória de Carvalho, 61, aprendeu a arte desde criança o criança quando ia com as irmãs à igreja de São Sebastião, em Belford Roxo. Hoje ela exporta bolsas de pano, gerando assim uma segunda fonte de renda. “O artesanato me dá um bom ganho ao final do mês. Esta parceria da Prefeitura com o governo estadual é importante, pois a emissão da Carteira Nacional do Artesão é fundamental para o nosso reconhecimento”, avaliou.
Contando com a ajuda de amigos, a artesã Eliza Maria, 44, consegue fazer com que seu trabalho chegue a Portugal. Ela também aproveita datas como o carnaval para faturar mais. “Vendi muitos biquínis de crochês e maiôs, além de outros produtos, para pessoas da Região dos Lagos. Faturei um bom dinheiro. Já fiz meu cadastro e aguardo ansiosa para conseguir a Carteira Nacional de Artesão, pois quero expandir meus trabalhos. Esse apoio do governo estadual e da Prefeitura de Belford Roxo é fundamental para sermos reconhecidos como profissionais”, argumentou.