BAIXADA FLUMINENSE - A Sondagem Industrial do Sistema FIRJAN apontou que, em junho, a atividade econômica industrial da Baixada Flumin...
BAIXADA FLUMINENSE - A Sondagem Industrial do Sistema FIRJAN apontou que, em junho, a atividade econômica industrial da Baixada Fluminense apresentou piora. Na área que abrange as cidades de Itaguaí, Japeri, Mangaratiba, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados e Seropédica (Baixada I), o volume de produção recuou (44,5 pontos) e a demanda foi atendida com redução dos níveis de estoques (48,9), que, ainda assim, ficaram pouco acima do planejado (51,1). E na região que agrega os municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, São João de Meriti e Teresópolis (Baixada II), o volume de produção também recuou (42,1), fazendo com que os níveis de estoques (50,0) ficassem estáveis, porém abaixo do planejado (46,6).
A Sondagem Industrial, divulgada nesta sexta-feira, dia 4, varia de zero a cem pontos. Os valores abaixo de 50 indicam redução ou pessimismo e acima de 50 representam aumento ou otimismo. Diante do cenário adverso, a Baixada Fluminense continuou apresentando elevada ociosidade. As indústrias da região seguiram operando abaixo da média história - Baixada I com 64% e Baixada II com apenas 58% de utilização da capacidade instalada, e o número de empregados seguiu caindo – Baixada I (44,5) e Baixada II (44,1).
Baixada I - Itaguaí, Japeri, Mangaratiba, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados e Seropédica
Para o segundo semestre, a Sondagem Industrial destaca que a expectativa dos empresários é de aumento na demanda por produtos (52,5) e, consequentemente, na compra de matéria-prima (51,6). Porém, a incerteza quanto ao ritmo de recuperação do mercado interno e o pessimismo quanto ao setor externo (40,6) impedem a retomada dos investimentos (30,6) e a contratação de empregados (46,0). Os resultados apontam que as expectativas dos empresários da região estão alinhadas com a média do estado do Rio de Janeiro.
“Enfrentamos uma fase muito difícil, com queda na produção e consequentemente no quadro de colaboradores. A crise pode ser uma oportunidade de inovarmos. Com criatividade, podemos fechar bons negócios”, enfatizou Carlos Erane de Aguiar, presidente da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Baixada Fluminense Área I, em Nova Iguaçu.
A pesquisa da FIRJAN indica ainda que, em junho, os empresários mantiveram-se insatisfeitos com a situação financeira (37,5) de suas indústrias. Contribuíram para essa condição as baixas margens de lucro operacional (33,6) e a dificuldade de acesso ao crédito (34,4). No restante do estado, é observado um cenário semelhante.
Baixada II - Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Magé, São João de Meriti e Teresópolis
A Sondagem Industrial revela que, para os próximos seis meses, a expectativa dos empresários da região é de aumento na demanda por produtos (54,4). Entretanto, como os industriais esperam recuo na compra de matérias-primas (49,3), as encomendas devem continuar sendo atendidas com a redução de estoques. Diante da incerteza em relação à retomada da atividade econômica nacional e internacional (40,4), devem ser postergados investimentos (38,6) e contratações de empregados (47,9). Os resultados apontam que as expectativas dos empresários da região estão alinhadas com a média do estado do Rio de Janeiro.
“Apesar da situação crítica em que a economia do Brasil e a situação financeira das empresas ainda se encontram, a Sondagem Industrial aponta uma luz no fim do túnel. Através do Conselho Empresarial da FIRJAN, continuaremos pensando em saídas estratégicas que contribuam para a retomada do desenvolvimento do setor industrial e, consequentemente, para o crescimento econômico da região”, ressaltou Roberto Leverone, presidente da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Baixada Fluminense Área II, em Duque de Caxias.
Com relação às condições financeiras, a pesquisa revela que a insatisfação dos empresários com a situação financeira (31,6) de suas indústrias continuou em junho. Contribuíram para essa condição a dificuldade de acesso ao crédito (24,0) e as baixas margens de lucro operacional (30,8). Esse cenário é semelhante ao observado no restante do estado do Rio.