Proposta estimula motoristas a dirigir com cautela para receber parte do dinheiro do seguro de volta (Foto: Reprodução/EPTV) ECONOMIA -...
Proposta estimula motoristas a dirigir com cautela para receber parte do dinheiro do seguro de volta (Foto: Reprodução/EPTV) |
ECONOMIA - Uma seguradora está convidando seus clientes a formar grupos e oferece parte do dinheiro pago no seguro de volta se ninguém bater o carro. O programa de recompensas acaba de ser lançado pela Youse, startup de seguros da Caixa, e promete devolver até 50% do valor da cobertura aos clientes após um ano.
Batizado de Youse Friends, o sistema conhecido por "cashback" já está rodando em um modelo piloto há cerca de um mês. A Youse não abre quantos clientes tem em sua base, mas diz que tem mais de 20 grupos com 20 pessoas formados dentro do Friends.
Funciona assim: os clientes formam um grupo e, para cada amigo que entra, a Youse deposita em uma reserva uma porcentagem do valor que ele paga em cobertura (contra roubo ou perda total, por exemplo). Os valores destinados a assistências (como serviços de chaveiro ou limpeza), não entram para a conta.
Quanto mais gente reunida, maior é a fatia que a companhia coloca no "cofrinho". Para duas pessoas, a parcela é de 5%; para três, de 10%, e assim por diante, até chegar ao máximo de 50% para as equipes com 20 ou mais pessoas.
Ao final de 12 meses, se ninguém bater o carro e precisar acionar o seguro, cada um recebe a sua parte proporcional na quantia acumulada.
"O objetivo é convidar as pessoas a conhecerem a Youse e também fazer com que elas dirijam melhor", diz Eldes Mattiuzo, presidente da Youse."É uma seleção de risco, você não vai convidar [para o grupo] aquele amigo que bate o carro três vezes no ano", emenda.
Caso haja algum sinistro no período, a reserva é usada para cobrir o prejuízo da seguradora. O desconto, porém, também é proporcional à contribuição do segurado que sofreu o acidente - assim um cliente que tem um seguro de carro popular (que custa mais barato) não corre o risco de "pagar" pela imprudência de um amigo que tem um seguro de carro importado, por exemplo.
Se alguns seguros forem acionados, mas ainda sobrar dinheiro no cofrinho após um ano, o pagamento é feito proporcionalmente. Já se o saldo ficar zerado ou negativo, ninguém recebe.
A adesão ao programa é gratuita e os seguros continuam sendo individuais. Em caso de sinistro, o pagamento da franquia fica por conta de cada segurado e não é abatido da reserva em grupo.
Por Luísa Melo, G1