RIO - Apesar de um aumento de até 12% no preço do feijão preto no Rio de Janeiro, em meados do mês de maio, a perspectiva dos produtor...
RIO - Apesar de um aumento de até 12% no preço do feijão preto no Rio de Janeiro, em meados do mês de maio, a perspectiva dos produtores e varejistas para junho é de estabilização dos custos. A preocupação do comércio era com o anúncio de quebra de safra do produto na região sul, especialmente em trechos do Paraná, por causa de problemas climáticos. Nestas áreas, a maior parte da produção é de feijão carioquinha, que subiu 10 % no mês passado, mas que não é tão consumido no Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios, Humberto Margon Vaz, porém, o estoque dos varejistas está alto e há expectativa, nas próximas semanas, de entrada de uma nova safra do grão, importada da Argentina.
— A tendência a partir de agora é de calma e não haver aumentos no curto prazo. Esperamos até que alguns varejistas façam promoções para reduzir seus estoques e receber a nova safra de feijão preto que deve chegar ainda em junho no mercado do Rio de Janeiro — observou Humberto Margon Vaz.
Segundo o Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), a queda na produção em 2016 gerou a maior alta dos últimos anos. Em 2017, porém, houve uma diminuição da oferta, principalmente do feijão-carioca.
— Qualquer tipo de problema climático poderia gerar o caos. A tendência é que a oferta diminua — informou o presidente do Conselho do Ibrafe, Marcelo Eduardo Lüders.
O feijão preto subiu 8,76% segundo a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, com dados de abril.
Via Jornal Extra