BELFORD ROXO - Graças a Deus o encontramos”. A frase, em tom de alívio, é de Natielle Cristina, 26 anos, ao encontrar o avô Luiz A...
BELFORD ROXO - Graças a Deus o encontramos”. A frase, em tom de alívio, é de Natielle Cristina, 26 anos, ao encontrar o avô Luiz Augusto dos Santos, 76, no Hospital Jorge Julio Costa dos Santos (Joca), em Belford Roxo. Desaparecido desde setembro do ano passado, o aposentado deu entrada na unidade sem nenhum documento, dificultando a identificação e a localização da família. Nesta quinta-feira (09 de fevereiro), ele deixou o hospital acompanhado pela neta, que o levou para casa, no bairro Rancho Novo, em Nova Iguaçu.
Natielle contou que o avô costuma sempre sair sozinho de casa para visitar filhos. Em setembro, quando ele desapareceu, a família começou a procurá-lo em hospitais, postos de saúde e abrigos de Nova Iguaçu. Sem encontrá-lo, a neta recebeu uma informação que o avô esteve na casa de um filho, em Macaé, Norte Fluminense do Estado do Rio. “Entramos em contato com meu tio, mas ele já havia saído de lá. Me disseram depois que meu avô fora visto na rodoviária de Nova Aurora, em Belford Roxo. Mas não o encontramos. Nossa preocupação aumentou porque ele já teve um acidente vascular encefálico (AVE), que deixou sequelas na voz. Mas graça a Deus meu avô está bem e agradeço a todos funcionários que o trataram com todo carinho e dedicação”, disse a neta.
A assistente social Adriana Ribeiro explicou que o paciente chegou ao hospital levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que o encontrou caído na rua. Depois de medicado e tratado, em 15 dias o aposentado teve alta, mas ficou na unidade porque não havia identificação e endereço. Foi feito contato com o Creas (Centro de Referência Especializada de Assistência Social) e com o Centro Pop (que cuida de pessoas que vivem nas ruas). Dias depois um ofício foi enviado ao Detran para identificar o paciente através das digitais. Nenhuma resposta foi obtida.
Em janeiro deste ano, um novo ofício foi enviado ao Detran, que colheu as digitais do aposentado e iniciou o processo de identificação. De posse dos dados, a assistente social Adriana Ribeiro conseguiu o endereço de Luiz Augusto, que mora em Nova Iguaçu. “Conversei com vizinhos e fiz uma pesquisa até encontrar a família. Felizmente deu tudo certo”, resumiu Adriana Ribeiro. “Nossa meta é evitar que pacientes sem identificação não fiquem muito tempo internado. Pretendemos agilizar todo processo de identificação para que eles voltem logo ao convívio familiar”, emendou o secretário-adjunto de Saúde, Américo Delmiro, ao lado do secretário executivo de Saúde, William Cabral.