BELFORD ROXO - O Centro Universitário Uniabeu, em parceria com a rede de saúde da Baixada Fluminense, está realizando tratamento e aco...
BELFORD ROXO - O Centro Universitário Uniabeu, em parceria com a rede de saúde da Baixada Fluminense, está realizando tratamento e acompanhamento psicanalítico a pacientes de dor crônica, no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da instituição. O objetivo é cuidar a pessoa dentro da abordagem psicanalítica. De acordo com pesquisa, o percentual médio de pessoas afetadas por algum tipo de dor crônica no Brasil varia de estado para estado e pode ser de 15% a 40% da população.
Pensando em colaborar para espantar essa mala sem rodinhas, a dor, do dia a dia da vida das pessoas, o professor doutor da Uniabeu Pedro Moacyr elaborou o novo “Projeto da Dor” que visa conhecer e tratar a dor a partir da escuta e da sensibilidade da comunicação com o paciente, através da articulação da rede de saúde da Prefeitura de Belford Roxo.
“Para este novo projeto estamos fazendo o planejamento das estratégias de articulação com a rede de saúde dos municípios. Os atendimentos estão em andamento, e o projeto segue em ritmo constante de elaboração, porque é dinâmico e exige a integração de vários profissionais com os alunos da Uniabeu”, explica o professor Moacyr.
De acordo com o professor, quase a totalidade das pesquisas indicam que a prevalência de dores em mulheres é muito maior do que nos homens. “Nos atendimentos, constatamos que a presença de mulheres é superior; quase não existem homens pedindo auxílio para o tratamento da dor crônica”, destaca.
Segundo Moacyr, o paciente encaminhado ao SPA da Uniabeu passa por uma avaliação da equipe composta por cinco alunos do 10° período do curso de Psicologia com a supervisão clínica dele. “Em seguida, iniciamos o tratamento analisando o que se escuta e se depara com os efeitos do inconsciente”, explica. Moacyr acredita que, desse modo, o grupo de cinco alunos envolvido no projeto pode contribuir para a humanização da assistência em saúde e enriquecer o seu próprio início de atividade profissional.
A aluna Melissa Feitosa Rodrigues Cardoso, que já atua no projeto, conta que os pacientes chegam ao SPA com várias questões a ser resolvidas. “Trabalhamos a dor crônica sob o aspecto psicológico em atendimento individual, às quartas-feiras, de 8 as 20 horas, com sessão sem tempo de duração determinado”, esclarece Feitosa.
Quem já comemora é a paciente Maria Gorete, 59 anos. Moradora no bairro Jardim Almo, em Belford Roxo, ela diz que o tratamento na Uniabeu é muito importante. “Se não fosse esse acompanhamento psicológico, eu já teria feito uma besteira na minha vida”, conta emocionada. Para ela, os encontros no SPA significam alívio, desabafo, distração e força para continuar lutando contra as dores que sente em todo o corpo.
Enfrentando a fibromialgia há oito anos, a dona de casa Daurenice Lopes Baptista, 73 anos, conseguiu a melhora quando associou o tratamento medicamentoso com o apoio psicológico. “A terapia para mim é uma troca: é o momento em que eu converso, que eu tenho quem me escute sem restrições. Estou gostando muito do ‘Projeto da dor’”, elogia a moradora do Centro de Belford Roxo.
Os interessados em participar do “Projeto da Dor” devem fazer a inscrição através do site da Uniabeu, no link http://www.uniabeu.edu.br/cadastrospa.php. Os atendimentos acontecem com hora marcada e em salas preparadas de acordo com as normas do Ministério da Educação e do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Pelo serviço, é cobrada apenas uma taxa administrativa simbólica.
Serviço
“Projeto da Dor”
Local: Serviço de Psicologia Aplicada da Uniabeu
Endereço: Rua Itaiara, 301, Centro, Belford Roxo
Atendimento: Quarta-feira
Horário: 8 às 20 horas
Inscrição: http://www.uniabeu.edu.br/cadastrospa.php
Valor: Taxa administrativa simbólica