BELFORD ROXO - A última postagem de Leandro Pinto Pereira de Oliveira, de 20 anos, em seu perfil no Facebook foi: "Hoje só quero...
BELFORD ROXO - A última postagem de Leandro Pinto Pereira de Oliveira, de 20 anos, em seu perfil no Facebook foi: "Hoje só quero que o dia termine bem". O jovem foi encontrado morto na tarde de ontem (14 de outubro), ao lado, segundo a Polícia Civil, do amigo Adriano Oliveira dos Santos, de 27. Ambos eram moradores de Belford Roxo e teriam sido vítimas de um sequestro na última quinta-feira (13). Sem o pagamento do resgate, foram assassinados e tiveram os corpos jogados num córrego em Barros Filho, Zona Norte do Rio. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
Última postagem de Leandro Pereira no Facebook Foto: Reprodução/Facebook
Adriano era proprietário de uma loja de roupas |
Leandro trabalhava na loja da família com o pai, o comerciante Jorge Luís do Carmo de Oliveira, de 45 anos. Ele conta que o filho teria anunciado um telefone celular para venda num site e caído numa armadilha. Ao entregar o aparelho, em companhia do amigo Adriano, percebeu que se tratava de um assalto. Adriano era proprietário de uma loja de roupas e os bandidos teriam decidido sequestrá-los ao perceberem que ambos eram empresários.
Segundo relatos de familiares de Adriano na página "Guadalupe News", no Facebook, o resgate teria sido pedido em roupas. Ele era dono de uma loja de vestuário multimarcas. O próprio teria entrado em contato com um funcionário, pedindo que separasse o material e entregasse aos bandidos. No entanto, no ponto de encontro, em um restaurante na Pavuna, os criminosos foram surpreendidos pela presença de policiais. Um foi preso e o segundo conseguiu fugir, seguindo na direção do complexo do Chapadão. A emboscada teria motivado o assassinato dos jovens.
— Esse é o Brasil, podre. O Rio está jogado às traças. Sem saúde, sem estudo, sem segurança, com policiais sem remuneração... o reflexo é esse. O governo só cobra, mas não faz nada. Enquanto não tivermos prisão perpétua ou pena de morte, nada disso vai mudar. E agora meu filho se torna apenas mais um dado de estatística — desabafou o pai de Leandro.
Via Extra