BELFORD ROXO - O corpo de Adriano da Silva Pereira, de 32 anos, conhecido como Adriano Cor, foi encontrado nesta segunda-feira (6 d...
De acordo com a amiga Taísa Machado, Adriano saiu na noite de domingo, por volta das 23h, para dar uma volta perto de casa.
— Ele foi de chinelo e não levou o celular. Essa é a grande incógnita do crime. Ele foi encontrado num bairro distante de casa. Não existe a possibilidade de ter caído no rio. É um choque, foi um crime brutal. Ele não se envolvia em confusão. O mais lógico é que tenha sido um crime de homofobia. Ele era uma pessoa que se afirmava na imagem dele. Ele ia ao candomblé e sempre estava de turbante e guias. Ele era uma pessoa colorida, que fugia do padrão.
O corpo foi encontrado no rio Cabuçú, em Nova Iguaçu. Segundo amigos, o corpo tinha sinais de agressão.
Adriano era dançarino e ator, integrante do grupo de maracatu Tambores de Olokun e trabalhava no Brechó da Dona Pavão. Na segunda (6), ele começaria em um novo emprego na cozinha de um restaurante na capital.
Nas redes sociais, amigos lamentam a morte. Elogiado pela alegria e carisma, alguns afirmam não ter outro motivo para terem assassinado Adriano se não a homofobia.
Ainda de acordo com amigos, que renderam homenagens a Adriano no sepultamento, ocorrido nesta quarta-feira (8) no Jardim da Saudade, em Mesquita, ele não tinha inimigos e era bastante ativo em projetos artísticos tanto na baixada como na capital. Um cortejo de maracatu acompanhou o sepultamento.
Na página do Tambores de Olokun, a seguinte mensagem foi publicada: "É com imenso pesar que o Tambores de Olokun comunica a perda do nosso amado irmão Adriano Cor, nossa Baiana Rica, que nos honrou e representou de maneira tão linda. O Olokun ficava mais iluminado em sua presença. Adriano, você sempre estará entre nós com sua saia rodada e seu sorriso infinito, transbordando amor e carinho! É assim que nos lembraremos de você! Que sua passagem seja repleta de paz e luz e que Olokun te acompanhe até o Orum!"
O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense. O corpo de Adriano foi enterrado no cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita, acompanhado por um cortejo do Tambores de Olokun.
via R7