Álef Pita Gomes, de 21 anos, saiu de casa sem ser visto em 17 de junho. Segundo a irmã, em janeiro ele sumiu pela primeira vez, em meio a...
Álef Pita Gomes, de 21 anos, saiu de casa sem ser visto em 17 de junho. Segundo a irmã, em janeiro ele sumiu pela primeira vez, em meio a surto.
BELFORD ROXO - Amigos e familiares de um jovem de 21 anos, desaparecido desde junho em Belford Roxo, fazem campanha na internet e nas ruas para tentar encontrá-lo. Álef Pita Gomes estava, segundo a irmã, em tratamento contra uma depressão severa quando saiu de casa sem ser visto. O desaparecimento foi registrado na 54ª DP (Belford Roxo).
A irmã de Álef, Stephanie Pita Gomes, de 28 anos, conta que, em janeiro, ele sumiu pela primeira vez. “Depois de quatro dias, um policial de Nova Friburgo ligou para a nossa casa dizendo que ele foi achado em cima de uma árvore, sem roupas, gritando que algo queria pegar ele e chamando pela mãe”, disse. Foi então que a família procurou atendimento médico especializado para o jovem, que foi diagnosticado com um quadro severo de depressão.
Segundo Stephanie, Álef passou a fazer uso de antidepressivos e antipsicóticos. “Com o tratamento ele começou a melhorar, ficou mais calmo, falava em voltar a estudar e trabalhar. Os remédios acabaram numa terça-feira e ele teria retorno no psiquiatra na segunda-feira seguinte. Meus pais, que são idosos, não se deram conta de que ele não poderia ficar sem os medicamentos. Ele teve outro surto, saiu de casa e foi atropelado por um ônibus”, contou a irmã.
No acidente, Álef fraturou a clavícula e sofreu várias escoriações pelo corpo, segundo a irmã. Por orientação do psiquiatra, ele passou a dormir no quarto dos pais, para ser monitorado em caso de novos surtos. Mas, na madrugada de 17 de junho ele saiu de casa enquanto a família dormia. “Minha mãe deu o remédio a ele às 4h. Às 6h meu pai acordou e ele não estava em casa. Saiu sem documentos, sem celular, apenas com as chaves de casa”, destacou.
A família procurou a 54ª DP para registrar o desaparecimento. Desde então, Stephanie diz que não para de buscar notícias sobre o paradeiro do irmão. Ela usa as redes sociais da internet para espalhar fotos e pedidos por informações, e tem afixado cartazes nas ruas de Belford Roxo e região. “Já rodei diversos hospitais e IML. Tive que fazer até reconhecimento de corpo. Foi muito dolorido. Mas acredito que ele esteja vivo, perdido”, desabafou a irmã do rapaz.
Ainda segundo Stephanie, a família recebeu informações de que ele teria sido visto na região de Madureira, Zona Norte da capital. Quando saiu de casa ele usava um tipóia azul no braço e trajava camiseta, bermuda e chinelos.