BELFORD ROXO - Ao lado do Rio Sarapuí, em Bom Pastor, Belford Roxo, Valdir Soares Junior, de 43 anos, ganhava seu sustento com um ferro-vel...
BELFORD ROXO - Ao lado do Rio Sarapuí, em Bom Pastor, Belford Roxo, Valdir Soares Junior, de 43 anos, ganhava seu sustento com um ferro-velho em terreno que alugava por R$ 2 mil por mês. Com as obras do Inea, Valdir foi desalojado em dezembro. Ficou sem trabalho, mas ganhou a promessa de que seria indenizado. Ele sairia do local de risco, e as obras melhorariam a qualidade da água. Parecia um bom negócio.
— Eles (que seriam funcionários do Inea) vieram aqui em dezembro. Me cadastraram e disseram que eu receberia uma indenização no valor do aluguel que eu pagava.
O dinheiro nunca veio. Sem renda, ele voltou a ocupar o lugar apenas um mês depois de ser removido. Só que agora, do lado de uma cratera de 50 metros de profundidade. Mas nem sinal de operários na obra.
Procurado, o Inea não comentou o caso de Valdir. Informou que a remoção de famílias é realizada com base em lei e prevê realocação e indenização, compra assistida ou unidade habitacional. Aos inquilinos, é pago um auxílio no valor de R$1,2 mil. A moradores que escolhem unidade habitacional é pago o aluguel provisório de R$ 400 até a entrega da nova casa.
Via Extra Mais Baixada
Por Bibiana Maia