BELFORD ROXO - A história de Seu Jorge daria um filme. Por enquanto, rendeu o livro Seu Jorge - A Inteligência É Fundamental, com a traje...
BELFORD ROXO - A história de Seu Jorge daria um filme. Por enquanto, rendeu o livro Seu Jorge - A Inteligência É Fundamental, com a trajetória do artista que saiu de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, chegou a morar na rua e hoje brilha na música e no cinema. Segundo o autor, o jornalista e produtor musical Leonardo Rivera, é mais um tributo do que uma biografia.
— A intenção era registrar, não polemizar — esclarece.
Nas 176 páginas da obra publicada pela MPM Editora não há lugar para conflitos ou divergências. A maioria dos acontecimentos aparece narrada pelo próprio Seu Jorge, em entrevistas extraídas principalmente do programa Roda Viva e das revistas Playboy e Bravo. Até por isso, por privilegiar a "versão oficial", Rivera não precisou pedir autorização a ele para tocar o projeto adiante. Simplesmente o informou logo no início do trabalho, em 2008, durante um show no Circo Voador, no Rio de Janeiro.
A relação entre os dois remonta a 1997, quando o futuro biógrafo trabalhava no departamento artístico da gravadora PolyGram (atual Universal) e o biografado despontava à frente do Farofa Carioca. Rivera adorou a mistura de samba, funk, rap, reggae e pop do grupo e indicou sua contratação.
— Além do talento, eu via no olhar dele uma vontade de ir longe — lembra.
Apesar da badalação da mídia do Rio de Janeiro, o disco da banda, Moro no Brasil (1998) – de cuja faixa-título saiu o verso que batiza o livro –, não decolou. Mas a previsão de que Seu Jorge não pararia por ali o produtor acertou: o músico estrearia na carreira solo em 2001 com o álbum Samba Esporte Fino e, no ano seguinte, faria um sucesso tremendo encarnando Mané Galinha no filme Cidade de Deus.
Como o personagem que interpretou, também teve a casa invadida por bandidos e um irmão assassinado. Na época, ele era apenas Jorge Mário da Silva, tinha 20 anos e via no violão que estava começando a dedilhar uma maneira de deixar a favela Gogó da Ema, em Belford Roxo (RJ). Mané Galinha bandeou-se para o crime atrás de vingança. Seu Jorge, assim apelidado por Marcelo Yuka, então baterista d'O Rappa, mergulhou na arte para contrariar o destino.
Com o reconhecimento como ator, surgiram outros papéis aqui e em Hollywood. É de Los Angeles, para onde se mudou em 2013 com a mulher e duas filhas, que Seu Jorge analisa propostas para filmes, grava discos e cuida dos negócios.
— O que mais me surpreendeu na pesquisa para o livro foi o interesse dele pelo mercado financeiro — revela Rivera.
Em um dos depoimentos selecionados, Seu Jorge diz ser "viciado" nos programas Conta Corrente e Globo News Indicadores e que vê na economia um instrumento vital para decidir seus próximos passos. No momento, ele finaliza o segundo volume do disco Músicas para Churrasco, com lançamento previsto para este ano. E administra, com dois sócios, a cervejaria Karavelle e dois bares temáticos da marca em São Paulo.
Seu Jorge – A Inteligência é Fundamental, de Leonardo Rivera. Editora MPM Neto. 176 págs. R$ 45 (preço médio).
— A intenção era registrar, não polemizar — esclarece.
Nas 176 páginas da obra publicada pela MPM Editora não há lugar para conflitos ou divergências. A maioria dos acontecimentos aparece narrada pelo próprio Seu Jorge, em entrevistas extraídas principalmente do programa Roda Viva e das revistas Playboy e Bravo. Até por isso, por privilegiar a "versão oficial", Rivera não precisou pedir autorização a ele para tocar o projeto adiante. Simplesmente o informou logo no início do trabalho, em 2008, durante um show no Circo Voador, no Rio de Janeiro.
A relação entre os dois remonta a 1997, quando o futuro biógrafo trabalhava no departamento artístico da gravadora PolyGram (atual Universal) e o biografado despontava à frente do Farofa Carioca. Rivera adorou a mistura de samba, funk, rap, reggae e pop do grupo e indicou sua contratação.
— Além do talento, eu via no olhar dele uma vontade de ir longe — lembra.
Apesar da badalação da mídia do Rio de Janeiro, o disco da banda, Moro no Brasil (1998) – de cuja faixa-título saiu o verso que batiza o livro –, não decolou. Mas a previsão de que Seu Jorge não pararia por ali o produtor acertou: o músico estrearia na carreira solo em 2001 com o álbum Samba Esporte Fino e, no ano seguinte, faria um sucesso tremendo encarnando Mané Galinha no filme Cidade de Deus.
Como o personagem que interpretou, também teve a casa invadida por bandidos e um irmão assassinado. Na época, ele era apenas Jorge Mário da Silva, tinha 20 anos e via no violão que estava começando a dedilhar uma maneira de deixar a favela Gogó da Ema, em Belford Roxo (RJ). Mané Galinha bandeou-se para o crime atrás de vingança. Seu Jorge, assim apelidado por Marcelo Yuka, então baterista d'O Rappa, mergulhou na arte para contrariar o destino.
Com o reconhecimento como ator, surgiram outros papéis aqui e em Hollywood. É de Los Angeles, para onde se mudou em 2013 com a mulher e duas filhas, que Seu Jorge analisa propostas para filmes, grava discos e cuida dos negócios.
— O que mais me surpreendeu na pesquisa para o livro foi o interesse dele pelo mercado financeiro — revela Rivera.
Em um dos depoimentos selecionados, Seu Jorge diz ser "viciado" nos programas Conta Corrente e Globo News Indicadores e que vê na economia um instrumento vital para decidir seus próximos passos. No momento, ele finaliza o segundo volume do disco Músicas para Churrasco, com lançamento previsto para este ano. E administra, com dois sócios, a cervejaria Karavelle e dois bares temáticos da marca em São Paulo.
Via Diário Catarinense