BRASIL - Números preliminares mostram redução de 0,5% no consumo. Mudança ajudou a poupar água dos reservatórios no Sudeste e no Centro-...
BRASIL - Números preliminares mostram redução de 0,5% no consumo. Mudança ajudou a poupar água dos reservatórios no Sudeste e no Centro-Oeste.
O horário de verão termina neste sábado (21) e a economia não foi só de energia. A água dos reservatórios também foi poupada. Mas o nível de armazenamento das hidrelétricas ainda continua baixo.
Este é o sábado mais longo do ano.
“Uma hora a mais para a gente aproveitar, fazer exercício físico, passar tempo com a família, com os amigos”, diz Pedro Wilvo.
À meia-noite, os relógios devem ser atrasados em uma hora para quem está nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Foram 126 dias de horário de verão. Um dos mais longos desde 1985, quando começou.
“Acredito que ele desafogue o sistema no horário de pico para evitar um problema maior”, diz um rapaz.
A ideia é essa: reduzir o consumo de energia no horário de pico, que costumava ser das 18h às 21h. Só que este ano foi diferente. Os recordes foram registrados por volta das 15h.
“Tem muito consumo, principalmente de ar-condicionado durante o dia. Portanto, é fato que o benefício do horário de verão hoje em dia é menor do que no passado, mas ainda assim terá sido significativo”, Claudio Sales, presidente do Instituto Acender.
Pelas contas do governo, nesses quatro meses, o país consumiu 0,5% a menos de energia. Foram 250 megawatts, o equivalente ao consumo mensal de Brasília e de Florianópolis juntas. O balanço ainda é preliminar, e os números exatos devem ser divulgados na semana que vem.
E como o consumo foi menor, o nível de armazenamento das hidrelétricas melhorou um pouquinho: 0,4% no Sudeste e Centro-Oeste, onde estão os principais reservatórios. Eles seguem baixos. Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), estão com 19,5% da capacidade contra quase 35% no mesmo período do ano passado.
“Nosso janeiro foi o janeiro mais seco da história. Mesmo assim, o nosso sistema elétrico é robusto o suficiente para que nós possamos garantir fornecimento de energia elétrica”, assegura Eduardo Braga, ministro das Minas e Energia.
Com ou sem seca, não custa se habituar.
“Independente do horário de verão, você tem que ter a consciência de economizar energia. Se acendeu, apaga”, conclui a estudante Morgana Vianna.
Via Jornal Nacional
22/02/2015