BELFORD ROXO - "Cala a boca que você vai morrer". Essas foram as palavras de Saílson José das Graças – suposto serial killer ...
A vítima disse que escapou da morte por pouco. Em depoimento na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), ela revelou que, no dia 29 de outubro, Sailson invadiu a casa dela por volta de seis da manhã. Como mostrou o RJTV deste sábado (13/12), o criminoso teria empregado os mesmos métodos que confessou usar com todas as outras vítimas: estrangulamento e facadas.
"Não falou nada. Só fez o ato e falava 'cala a boca, cala a boca... você vai morrer. Cala a boca que você vai morrer'. E na hora das facadas, ele falou: 'eu vou matar você'. Mais nada. Ele é frio", disse a vítima.
Foram 40 minutos de horror. A vítima levou facadas nos ombros, no peito e no pescoço. Segundo ela, Saílson ameaçou também estrangular o menino de dois anos. A mulher tem certeza que seu agressor é Saílson. "Não tenho dúvida nenhuma. É ele. Ele acabou com a minha vida, destruiu a minha vida, meu psicológico", disse a mulher.
A vítima esteve na delegacia na sexta-feira (12) mas não pode reconhecer Saílson pessoalmente porque ele já tinha sido levado para a Polinter.
A polícia agora espera que novas vítimas procurem a delegacia para que os investigadores possam checar se a descrição dos crimes coincide com aqueles que Saílson já confessou. Até este sábado, já tinham sido identificadas sete pessoas que podem ter sido mortas pelo assassino, além de duas vítimas que conseguiram sobreviver. Os investigadores ainda apuram mais dois casos que são semelhantes aos crimes relatados pelo bandido.
A polícia agora espera que novas vítimas procurem a delegacia para que os investigadores possam checar se a descrição dos crimes coincide com aqueles que Saílson já confessou. Até este sábado, já tinham sido identificadas sete pessoas que podem ter sido mortas pelo assassino, além de duas vítimas que conseguiram sobreviver. Os investigadores ainda apuram mais dois casos que são semelhantes aos crimes relatados pelo bandido.
Vítimas tinham o mesmo perfil
A maioria das vítimas tinha o mesmo perfil: mulheres brancas, moradoras da Baixada Fluminense. Quatro homens teriam sido mortos por encomenda. O criminoso confessou ainda ter assassinado uma criança – o único crime do qual diz se arrepender.
"A confissão é relativa. No inquérito policial, a gente usa provas materiais. Então, a gente dá uma ênfase muito grande nestes trabalhos e estes inquéritos policiais estão sendo trabalhados aqui na delegacia, não estão sendo baseados só na confissão, em outros elementos que levam a crer o envolvimento deles no crime", disse o delegado responsável pelo caso.
Cleusa Balbina de Paula e o ex-marido dela, José Messias, foram levados para penitenciárias do estado. Eles são acusados de terem encomendado alguns dos crimes cometidos Saílson. Neste sábado (13), Sailson deve ser levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.
Vizinhos de Sailson se mostraram chocados com as revelações sobre os crimes que ele teria cometido. Para os moradores do bairro Corumbá, Sailson era um homem tranquilo. Ele mantinha um perfil em uma rede social em que aparecia sempre sorrindo. De família religiosa e pai de um menino de oito anos, era aparentemente alguém acima de qualquer suspeita.
Negro, jovem, muito frio e tranquilo, Sailson contou que só matava mulheres brancas, louras ou morenas. "Negra, da raça, não, porque é da família", disse.
Para Cleuza, ele costumava dizer: "Vou sair para a caçada", de acordo com depoimentos. Segundo a investigação, ela sustentava Sailson e pagava pelos crimes encomendados dando dinheiro, roupas e comida.
Ameaça de agressão
De acordo com um sobrinho de Fátima Miranda, vizinha e uma das vítimas de Sailson, assim que os moradores do bairro Corumbá souberam das mortes, quiseram linchar o trio (Sailson, Cleuza e o ex-marido dela).
"Para mim a cadeia é pouco. É um alívio saber que ele está preso, mas não é tudo. Ele matou uma pessoa que gostava de viver. Na vizinhança ficou todo mundo revoltado", afirmou Cristiano Moraes dos Santos, 30 anos, Ainda segundo o rapaz, o trio era conhecido na vizinhança por levar as pessoas para o bar, embebedar e depois roubar. "Ela levava para o bar e ele vinha depois para roubar", afirmou Cristiano, lembrando que na noite em que sua tia foi morta eles entraram na casa com a desculpa que precisavam guardar a bicicleta.
A maioria das vítimas tinha o mesmo perfil: mulheres brancas, moradoras da Baixada Fluminense. Quatro homens teriam sido mortos por encomenda. O criminoso confessou ainda ter assassinado uma criança – o único crime do qual diz se arrepender.
"A confissão é relativa. No inquérito policial, a gente usa provas materiais. Então, a gente dá uma ênfase muito grande nestes trabalhos e estes inquéritos policiais estão sendo trabalhados aqui na delegacia, não estão sendo baseados só na confissão, em outros elementos que levam a crer o envolvimento deles no crime", disse o delegado responsável pelo caso.
Cleusa Balbina de Paula e o ex-marido dela, José Messias, foram levados para penitenciárias do estado. Eles são acusados de terem encomendado alguns dos crimes cometidos Saílson. Neste sábado (13), Sailson deve ser levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.
Vizinhos de Sailson se mostraram chocados com as revelações sobre os crimes que ele teria cometido. Para os moradores do bairro Corumbá, Sailson era um homem tranquilo. Ele mantinha um perfil em uma rede social em que aparecia sempre sorrindo. De família religiosa e pai de um menino de oito anos, era aparentemente alguém acima de qualquer suspeita.
Criminoso frio
Negro, jovem, muito frio e tranquilo, Sailson contou que só matava mulheres brancas, louras ou morenas. "Negra, da raça, não, porque é da família", disse.
Para Cleuza, ele costumava dizer: "Vou sair para a caçada", de acordo com depoimentos. Segundo a investigação, ela sustentava Sailson e pagava pelos crimes encomendados dando dinheiro, roupas e comida.
Ameaça de agressão
De acordo com um sobrinho de Fátima Miranda, vizinha e uma das vítimas de Sailson, assim que os moradores do bairro Corumbá souberam das mortes, quiseram linchar o trio (Sailson, Cleuza e o ex-marido dela).
"Para mim a cadeia é pouco. É um alívio saber que ele está preso, mas não é tudo. Ele matou uma pessoa que gostava de viver. Na vizinhança ficou todo mundo revoltado", afirmou Cristiano Moraes dos Santos, 30 anos, Ainda segundo o rapaz, o trio era conhecido na vizinhança por levar as pessoas para o bar, embebedar e depois roubar. "Ela levava para o bar e ele vinha depois para roubar", afirmou Cristiano, lembrando que na noite em que sua tia foi morta eles entraram na casa com a desculpa que precisavam guardar a bicicleta.
Segundo o delegado titular da DH, Pedro Henrique Medina, é importante que parentes de desaparecidos e de pessoas estranguladas compareçam para prestar depoimento. "Estamos tentando fazer uma conexão dos fatos", afirmou.
Sobre o fato do suposto serial killer ter cometido tantos crimes ao longo de nove anos sem nunca ter sido preso por isso, o delegado afirma que o espaço de tempo é muito grande e que em nenhum momento a polícia estabeleceu qualquer conexão entre os crimes. "Ele observava, tentava estabelecer locais ermos, prestava atenção nas câmeras para burlar essa vigilância e não ser pego", afirmou Medina. lembrando que Cleuza era amiga de sua tia.
Sobre o fato do suposto serial killer ter cometido tantos crimes ao longo de nove anos sem nunca ter sido preso por isso, o delegado afirma que o espaço de tempo é muito grande e que em nenhum momento a polícia estabeleceu qualquer conexão entre os crimes. "Ele observava, tentava estabelecer locais ermos, prestava atenção nas câmeras para burlar essa vigilância e não ser pego", afirmou Medina. lembrando que Cleuza era amiga de sua tia.
Assista o vídeo abaixo:
Via G1