BELFORD ROXO - O aumento do roubo de veículos vai refletir no bolso dos donos de automóveis da Baixada na hora de pagar o seguro este a...
Eles fizeram um estudo com base nos números do Instituto de Segurança Pública (Isp) e constataram aumento de 37%, de abril de 2012 a maio de 2014, nessa modalidade de crime. Segundo a pesquisa, o crescimento está ligado à instalação da UPP do Complexo do Alemão, no Rio.
A cidade mais prejudicada é Duque de Caxias, principalmente em Campos Elíseos, Imbariê e Xerém, com 255 carros roubados em 2012 contra 408 em maio de 2014.
Em seguida vem Nova Iguaçu, com 181 veículos roubados em 2012 e 242, em 2014. Completam a lista, Nilópolis, com 40 roubos em 2012 e 92, em 2014; e Mesquita, que de 21 em 2012, pulou para 65 roubos este ano.
A situação chegou a tal ponto que os presidentes da ACBF, Roberto Cabral, e do CCSRJ, Jayme Torres, bateram à porta da polícia para reivindicar a criação de um batalhão na área e aumentar o efetivo policial em toda a Baixada.
‘Não adianta criar batalhão se não tiver PM’
De acordo com o delegado da 52ª DP (Nova Iguaçu), Júlio da Silva Filho, a Baixada se tornou um shopping para os bandidos que atuavam em áreas pacificadas. “É inadmissível que tenhamos que aturar bandidos com fuzis nas ruas incomodando a sociedade. Temos que discutir juntos a solução para esse problema que nos aflige”, disse.
Para o delegado da 59ª DP (Duque de Caxias), José Afonso Mota, o caminho é o aumento do contingente policial. “Ladrão é igual a rato, brota por todos os lados.Não existe mágica. É colocar policiais nas ruas. Não adianta inaugurar batalhão, companhias destacadas e UPPs se não aumentar o efetivo. É igual o cobertor que cobre a cabeça e descobre o pé”, frisou.
Seguradoras propõem criação de comissão
Durante um debate realizado esta semana em Nova Iguaçu, os corretores de seis seguradoras que operam na Baixada — Porto Seguro, Mapfre, Tokio Marine, Marítima, Sul America e Bradesco — decidiram criar uma comissão. O objetivo é levar as demandas da categoria às autoridades do estado.
O corretor Marco Antônio, de 40 anos, explica que uma das demandas é em relação ao futuro de sua profissão. “Se continuar do jeito que está, não teremos para quem vender. Um cliente meu pagou R$ 1,368 mil no ano anterior e, na renovação, este ano, a cotação chegou em torno a R$ 4 mil. E, mesmo assim, porque baixei todos meus percentuais de ganho”, revela. Ele ressaltou que ano passado seu escritório registrou oito veículos roubados. Este ano, já foram 15.
Via O Dia