Segundo a Secretaria de Segurança das 342 pessoas pesas em Belford Roxo de janeiro a agosto deste ano, apenas 5,5% vieram da Cidade do Rio...
Segundo a Secretaria de Segurança das 342 pessoas pesas em Belford Roxo de janeiro a agosto deste ano, apenas 5,5% vieram da Cidade do Rio, Sandro Matos contesta estes números e diz: ‘Prenderam bandidos com menor poder de fogo’.
BELFORD ROXO - Um levantamento divulgado pela Secretaria de Segurança (Seseg) mostra que apenas 5,6% das 3.732 pessoas presas na Baixada Fluminense entre janeiro e agosto deste ano saíram da cidade do Rio. O estudo levou em consideração o município de residência dos autores de crimes que podem ter ligação com o tráfico de drogas — como homicídios, roubos, apreensão de drogas e armas.
O assunto da migração de bandidos do Rio para a Baixada voltou à discussão há três semanas, após um bate-boca entre o secretário José Mariano Beltrame e Sandro Matos, prefeito de São João de Meriti, numa reunião do conselho de segurança no município. Beltrame argumentou que o índice de pessoas do Rio que cometeram crimes na cidade era inferior a 5%. O prefeito rebateu a tese do secretário, afirmando que o aumento da criminalidade na Baixada está ligado à saída de criminosos de áreas pacificadas do Rio. Os bandidos, para ele, buscaram refúgio nas favelas da região.
BELFORD ROXO - Um levantamento divulgado pela Secretaria de Segurança (Seseg) mostra que apenas 5,6% das 3.732 pessoas presas na Baixada Fluminense entre janeiro e agosto deste ano saíram da cidade do Rio. O estudo levou em consideração o município de residência dos autores de crimes que podem ter ligação com o tráfico de drogas — como homicídios, roubos, apreensão de drogas e armas.
O assunto da migração de bandidos do Rio para a Baixada voltou à discussão há três semanas, após um bate-boca entre o secretário José Mariano Beltrame e Sandro Matos, prefeito de São João de Meriti, numa reunião do conselho de segurança no município. Beltrame argumentou que o índice de pessoas do Rio que cometeram crimes na cidade era inferior a 5%. O prefeito rebateu a tese do secretário, afirmando que o aumento da criminalidade na Baixada está ligado à saída de criminosos de áreas pacificadas do Rio. Os bandidos, para ele, buscaram refúgio nas favelas da região.
Apesar do percentual baixo, em cinco das 14 cidades da Baixada o Rio aparece à frente das outras cidades vizinhas na lista de bandidos presos: Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Nilópolis, Itaguaí e Seropédica.
Maior incidência
Na área do 20º BPM (Mesquita), que também inclui Nilópolis e Nova Iguaçu, o índice de presos com residência fixa no Rio é maior. Dos 898 detidos, 76 são da capital: 8,46%.
Drogas e armas
Em Duque de Caxias, onde há o maior índice de presos vindos do Rio em números absolutos, 56,3% das detenções ocorreram em decorrência do envolvimento com drogas, seguido de porte ilegal de armas — 27,4%.
Nilópolis e Nova Iguaçu
Em Nilópolis, onde houve o maior registro percentual de criminosos do Rio, e Nova Iguaçu, onde também houve grande incidência de presos vindos da capital, a lógica foi a mesma. Em Nilópolis, 54,5% dos casos foram por envolvimento com drogas e 23,6% dos presos portavam armas. Em Nova Iguaçu, foram 46,6% por envolvimento com drogas e 28,2% por porte de armas.
Área do índice zero
Na área do 24º BPM (Queimados), que engloba Paracambi, onde não houve registros de presos do Rio, foram detidas 32 pessoas da capital num total de 562 capturas — 5,69%. O batalhão também atua em Itaguaí, Japeri e Seropédica.
Mais de 80% na Baixada
Do total de presos na Baixada, 2.896 moram na região — 82,7% das prisões.
Maior incidência
Na área do 20º BPM (Mesquita), que também inclui Nilópolis e Nova Iguaçu, o índice de presos com residência fixa no Rio é maior. Dos 898 detidos, 76 são da capital: 8,46%.
Drogas e armas
Em Duque de Caxias, onde há o maior índice de presos vindos do Rio em números absolutos, 56,3% das detenções ocorreram em decorrência do envolvimento com drogas, seguido de porte ilegal de armas — 27,4%.
Nilópolis e Nova Iguaçu
Em Nilópolis, onde houve o maior registro percentual de criminosos do Rio, e Nova Iguaçu, onde também houve grande incidência de presos vindos da capital, a lógica foi a mesma. Em Nilópolis, 54,5% dos casos foram por envolvimento com drogas e 23,6% dos presos portavam armas. Em Nova Iguaçu, foram 46,6% por envolvimento com drogas e 28,2% por porte de armas.
Área do índice zero
Na área do 24º BPM (Queimados), que engloba Paracambi, onde não houve registros de presos do Rio, foram detidas 32 pessoas da capital num total de 562 capturas — 5,69%. O batalhão também atua em Itaguaí, Japeri e Seropédica.
Mais de 80% na Baixada
Do total de presos na Baixada, 2.896 moram na região — 82,7% das prisões.
Entrevista com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame
É possível descartar uma migração em massa de criminosos de áreas pacificadas?
A Secretaria de Segurança leva em consideração os aspectos técnicos. Como podemos constatar nos dados do Instituto de Segurança Pública, a migração é muito pequena. Os autores da maioria dos delitos que ocorrem na região são da Baixada Fluminense. O crime existe, mas há outras questões históricas, como a falta de efetivo, supervisão e investigação.
Os índices de criminalidade podem motivar a criação de uma UPP na Baixada?
Fazemos as coisas de maneira racional, logica, técnica e estudada. Tivemos uma ação na Baixada, em Duque de Caxias. Identificamos a necessidade e em agosto instalamos uma Companhia Destacada no Complexo da Mangueirinha. Estamos finalizando um plano para a Baixada Fluminense. Esse plano inclui a instalação de pelo menos três companhias destacadas da PM na região e a Delegacia de Homicídios
É possível descartar uma migração em massa de criminosos de áreas pacificadas?
A Secretaria de Segurança leva em consideração os aspectos técnicos. Como podemos constatar nos dados do Instituto de Segurança Pública, a migração é muito pequena. Os autores da maioria dos delitos que ocorrem na região são da Baixada Fluminense. O crime existe, mas há outras questões históricas, como a falta de efetivo, supervisão e investigação.
Os índices de criminalidade podem motivar a criação de uma UPP na Baixada?
Fazemos as coisas de maneira racional, logica, técnica e estudada. Tivemos uma ação na Baixada, em Duque de Caxias. Identificamos a necessidade e em agosto instalamos uma Companhia Destacada no Complexo da Mangueirinha. Estamos finalizando um plano para a Baixada Fluminense. Esse plano inclui a instalação de pelo menos três companhias destacadas da PM na região e a Delegacia de Homicídios
Entrevista com Sandro Matos, prefeito de São João de Meriti
Como o senhor analisa o índice apresentado pela Seseg?
É o mesmo argumento que o secretário (Beltrame) utilizou na reunião. Só que esses dados são baseados num efetivo de apenas 243 policiais. Com menos policiais, é tendência que a PM não faça as operações e prisões necessárias. Nesse contexto, eles prenderam bandidos com menor poder de fogo.
O senhor contesta os dados estatísticos?
Não é um número real. Não retrata o que está acontecendo. A realidade que estamos vivendo na Baixada é outra. Sempre tivemos o orgulho de dizer que a cidade é tranquila. A realidade mudou. A população está insegura.
Então o senhor acredita que há uma grande migração, apesar dos dados?
A migração é uma ponta do iceberg. Junto com a migração, vieram bandidos do alto escalão. Os bandidos que são daqui, agora, se sentem mais fortalecidos para agir. Desculpe, mas não concordo com esses índices.
Via jornal Extra